Os ambulantes alvos da ação da Prefeitura Municipal de João Pessoa hoje (23), no Mercado Central, que tiveram seus carrinhos de frutas e verduras recolhidos, ocupam neste momento as galerias e corredores da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Eles prometem ficar acampados lá até ser encontrada uma solução para o caso.
Eles querem uma audiência com a Mesa Diretora da Câmara. Gritando palavras de ordens, os ambulantes chegaram a atrapalhar a sessão e foram contidos pela vereadora Sandra Marrocos, que pediu para eles fazerem silêncio para que a reivindicação deles fosse discutida no plenário.
A Guarda Municipal acompanha a movimentação dos ambulantes na Câmara.
Josemar Muniz, vice-presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba, disse que durante três meses, após a orientação do Ministério Público para retirada dos ambulantes da área, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP)não apresentou nenhuma proposta. Por outro lado, afirmou, a Associação dos Ambulantes apresentaram várias propostas, mas nenhuma delas foi acatadas pela PMJP.
A prefeitura de João Pessoa realizou na madrugada desta terça-feira (23) uma ação no Mercado Central para recolher 158 carrinhos utilizados por vendedores ambulantes que estavam comercializando frutas e verduras no Centro da capital paraibana.
Em protesto ao recolhimento dos produtos, vendedores interditaram o cruzamento da rua Diogo Velho com Almeida Barreto e queimaram pneus no local por volta das 7 horas. Na avenida Pedro II com Rodrigues de Carvalho também houve interdição. O trânsito só foi liberado perto das 8 horas.
O secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, Zenedy Bezerra, disse que a ação da prefeitura foi voltada a cinco grandes fornecedores de frutas e verduras. “Eles usam os vendedores pagando valores irrisórios, em condições análogas à escravidão. Queremos deixar claro que não estamos agindo contra os vendedores, mas contra esses grandes comerciantes”, disse ele;
A presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de João Pessoa, Márcia Medeiros, admitiu que há muitos vendedores ambulantes utilizados pelos fornecedores, mas reclamou que comerciantes informais sem relação com fornecedores foram prejudicados.
Uma reunião na manhã de hoje na prefeitura vai tentar um consenso entre a Sedurb e os comerciantes.