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Colombianos vão às urnas hoje para eleger novo presidente

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Cerca de 30 milhões de eleitores estão aptos a ir às urnas neste domingo para eleger o próximo presidente da Colômbia. Após oito anos de uma administração voltada para a área da segurança, analistas indicam que a população agora considera mais urgente atender às questões sociais.

As guerrilhas que tumultuam a vida social e política da nação latino-americana foram combatidas como prioridade por Álvaro Uribe, eleito em 2002 e reeleito em 2006, e apesar de ainda representarem elevado risco, já não são vistas como o tema dominante da agenda política do país.

Segundo pesquisas de opinião, apesar de ainda terem consciência do perigo que os conflitos armados traz ao país, sobretudo os travados entre o Exército e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), os eleitores passaram a se preocupar mais com temas como a implementação de reformas ligadas ao emprego e ao sistema de saúde.

A Colômbia tem uma taxa de desemprego de 13%, a segunda mais alta da América Latina, atrás apenas da República Dominicana, enquanto 60% do emprego é considerado precário, e dessa porcentagem quase a metade com salários abaixo do mínimo (US$ 257,8), alertou Roberto Steiner, diretor da Fundação para a Educação Superior e Desenvolvimento (Fedesarrollo).

O país é ainda um dos mais desiguais do ponto de vista social, com uma pobreza que alcança 45% da população.

Já Santos, candidato governista pelo Partido Social da Unidade Nacional e ex-ministro da Defesa de Uribe, defende a continuidade, ou seja, principalmente manter a luta contra as guerrilhas e o narcotráfico.

Mas também lançou propostas sociais, que vão desde a manutenção dos subsídios às famílias mais pobres até programas para assegurar a aposentadoria e a saúde, assim como alimentação e transporte para os estudantes mais necessitados.

Empatados tecnicamente, os dois candidatos são vistos como os favoritos para as eleições, e devem disputar o posto da Presidência num segundo turno que pode ocorrer em 20 de junho.

Segurança

As eleições deste domingo devem contar com mais de 350 mil militares e policiais para garantir a segurança dos eleitores colombianos.

O país também anunciou que fechará suas fronteiras terrestres e fluviais — incluindo o Brasil — por 12 horas durante o primeiro turno das eleições presidenciais.

A medida começará a valer às 4h (6h de Brasília) deste domingo, terminando às 16h (18h de Brasília) do mesmo dia.

Trocas de ameaças e o alto risco de atentados das Farc fizeram com que o alerta de segurança fosse mantido alto na Colômbia para o período eleitoral.

O ministro da Defesa, Gabriel Silva, alertou sobre um plano das Farc no qual os rebeldes, disfarçados de policiais, cometeriam atentados terroristas no dia das eleições.

Esse plano seria executado nos departamentos de Huila e Caquetá (sul) supostamente por meio da facção Teófilo Forero, braço das Farc, um dos grupos guerrilheiros mais ativos.

Silva também advertiu sobre a possibilidade de um "ataque cibernético proveniente do exterior" para sabotar as eleições.

"Constatamos ações de hackers de outros países que pretendem não somente afetar o processo eleitoral, mas também a segurança informática do país", disse o ministro.

Observadores

A Missão de Observação Eleitoral (MOE), uma ONG colombiana que acompanha e monitora as campanhas eleitorais, advertiu na sexta-feira que as guerrilhas e a intervenção política do governo são fatores que podem afetar o pleito.

Essa advertência mostra que houve "uma maior ação bélica, em particular das Farc e o ELN (Exército de Libertação Nacional)" durante este processo eleitoral, segundo Claudia López, coordenadora do Observatório de Democracia da MOE.

Em seu relatório, a MOE também alertou sobre o perigo de intervenção política de funcionários do governo e lembrou que o órgão do Estado responsável por coordenar as eleições criticou o presidente Álvaro Uribe por seus comentários em favor do candidato governista, Juan Manuel Santos.

A MOE e o Ministério da Defesa, que comanda as Forças Armadas e a Polícia Nacional, concordaram que os maiores riscos para a segurança surgem dos departamentos de Cauca, Nariño, Putumayo e Chocó (todos no sudoeste), e Córdoba e Antioquia (noroeste).

Segundo a ONG, esses riscos aumentaram nas eleições legislativas de 14 de março.

Carlos Ariel Sánchez, responsável do órgão encarregado pelo registro de eleitores e pela organização das eleições, assinalou que as maiores irregularidades seriam o suborno de mesários e de eleitores. Por isso, "cerca de 17 mil mesas de votação estão em processo de revisão".

 

Folha Online com Agências Internacionais

 

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