Cerca de 85% dos recursos para a construção do Centro de Convenções de João Pessoa ainda não estão garantidos. A informação foi revelada pela engenheira Aracilba Rocha, membro da comissão de transição do governador diplomado Ricardo Coutinho (PSB). Ela garantiu que, dos R$ 106 milhões iniciais previstos para a realização da obra, só R$ 18 milhões estão assegurados.
Na última reunião entre as duas equipes de transição, Aracilba Rocha explicou que as verbas para a construção do Centro de Convenções serão aprovadas por etapas. “Vamos sair (da reunião) com alguns dados que queríamos. Mas com algumas preocupações, a exemplo do Centro de Convenções, cujos recursos não estão totalmente ainda aprovados. E vão ser aprovados por etapas”, lamentou.
Os recursos que ainda faltam aprovar, segundo Aracilba, correspondem a maior parte do que precisa ser investido. “Está faltando em torno de 85%. Na verdade, o orçamento inicial da obra é de R$ 106 milhões e assegurado mesmo eles têm apenas R$ 10 milhões e mais R$ 18 milhões de emendas (parlamentares). Então, é muito pouco para o que falta realizar”, enfatizou.
Sobre o repasse de dados por parte do governo atual para a comissão de transição do governador diplomado, Aracilba disse que a última reunião transcorreu bem. “Não houve nenhum obstrução. Muito pelo contrário, doutor Sarmento nos passou todas as informações, todos os projetos”, ressaltou. “Vamos nos debruçar agora para verificar detalhadamente e saber como proceder com algumas obras que estão paralisadas, a razão disso. E saber como serão esses procedimentos, alguns até judiciais, que vamos ter que tomar a partir de 3 de janeiro”, afirmou.
Sarmento explica – A repeito do Centro de Convenções, o secretário do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia (Semarh), Francisco Sarmento, explicou que é necessário comprovar primeiro a aplicação dos recursos para que cada parcela seja liberada gradativamente.
“Os recursos têm R$ 18 milhões empenhados. Quando o novo governo gastar esse dinheiro e prestar contas, os demais recursos virão”, justificou. “O que o governo atual não pode fazer é antecipar o futuro e garantir que os recursos que só entrarão nos cofres públicos a partir de janeiro de 2011 venham agora. Isso não podemos fazer. Não temos essa mágica”, acrescentou.
A maior parte das obras do estado está concentrada na Semarh. Na última reunião da comissão, na quinta passada, foram apresentadas todas as informações sobre investimentos próprios e o PAC Infraestrutura, que contempla a Várzeas de Sousa, e as adutoras de Capivara, Acauã, do Congo, translitorânea e São José. Também foram liberadas dados sobre as atribuições paralelas da secretaria.
Jornal da Paraíba