O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) se reuniu hoje de manhã com os deputados de Oposição na casa de Lindolfo Pires (DEM). Ele revelou que foram tratados assuntos do cotidiano político, a exemplo da decisão do bloco de barrar as votações até que o Governo atenda a uma pauta de reivindicações apresentada no dia de ontem. Cássio declarou que, ao contrário do que foi dito pelo bloco de situação, a responsabilidade na aprovação do empréstimo de U$ 28 milhões não é da Assembleia Legislativa.
"Um empréstimo internacional como esse não se concretiza em meses. É preciso dois ou três anos. Esse empréstimo foi votado ano passado na Assembleia, onde foi aprovado, apesar dos atuais deputados de situação, que eram oposição nesta época, terem ido para a garagem para não participar da votação. Mesmo assim, a matéria foi aprovada. Se alguém tentou inviabilizar o empréstimo, não foram os deputados que hoje estão na Oposição. Querem colocar em meio à discussão, um detalhe burocrático, uma pendência da Assembleia por causa de uma servidora, mas a verdade é que a situação de hoje tentou emperrar o empréstimo", disse.
Alma penada – Na entrevista, Cássio também respondeu à provocação feita pelo governador José Maranhão, que se referiu às suas queixas e denúncias como sendo próprias de uma "alma penada": "Essa declaração é uma tentativa de fuga. Ele não respondeu aos meus questionamentos. Fiz críticas baseadas na realidade do Estado, enquanto ele tenta decretar minha morte, em um ato de intolerância política. Eu sei que política é uma guerra onde não se morre".