À primeira vista, essas questões podem não parecer tão urgentes. Enganam-se os que pensam assim. Elas são tão urgentes quanto fundamentais, pois o que está em jogo é a nossa vida – nosso mais valioso tesouro.
Sobre quais fundamentos estamos construindo nossos projetos de vida? Quais são as bases que sustentam nossos anseios? Qual é o material solido sobre o qual estão sendo erguidos nossos sonhos?, Nossos ideais?
Infelizmente, há muita gente erguendo para si castelos de areia. Repousam os seus sonhos em promessas humanas. Muitas vezes, estas promessas não passam de palavras jogadas ao vento, como se fossem poeira, e nada mais! Quem planeja o seu futuro, construindo sobre a fragilidade das promessas humanas, corre sério risco de ver seus sonhos transformados em escombros, e nada mais! Um dia, tudo desmoronará, e os sonhos ficarão soterrados para sempre. Aliás, desde muito tempo atrás, esta foi uma preocupação central na mensagem de Jesus Cristo, alertando para o perigo das construções vulneráveis.
Tentar erguer a vida sobre as areias da inconseqüência, do engano, da desonestidade, da injustiça, do caminho mais fácil, é construir sobre fundamentos falsos. Quem assim procede, faz para si castelos de areia; estes vão desabar por ocasião das primeiras tempestades. Não resistirão à fúria dos ventos contrários. Toda a árvore que não possui raízes profundas é soterrada pelas fortes tempestades, ou, o que ainda é pior, é arrancada brutalmente pela fúria dos ventos contrários.
Uma outra questão relacionada aos fundamentos da nossa vida diz respeito ao nosso conceito de beleza, e a importância que nós damos à aparência. A verdadeira beleza de uma construção não está exposta em suas varandas, mas, na solidez de seus fundamentos, embutida em suas estruturas internas. “As aparências enganam”, afirma o sábio provérbio popular. Muita gente há que vive de aparências, de sacadas, expõe ao público um belo que, nem sempre corresponde a realidade. Geralmente, estão tentando esconder muita futilidade, fragilidade e pouca consistência. Nunca esqueçamos que a verdadeira beleza está sempre para além do que se vê. O que é realmente belo nunca aparece totalmente. Ele é percebido, mais nunca se expõe. Nós é que o descobrimos.
Tudo que é construído sem consistência, à base de areia, tem um tempo de vida muito efêmero; está com o futuro comprometido. Carece de sustentação. Assim, são algumas das construções importantes que estamos tentando edificar: nossa família, nossos relacionamentos, nossa carreira profissional, etc. Muitas vezes, falta o cimento da verdade, da perseverança, da prudência.
Nossa vida é, na verdade, um grande canteiro de obras. Estamos construindo sempre algo novo, ou fazendo alguma reforma. Somos, no bom sentido, um projeto inacabado. Ainda bem! Por isso, é bom relembrarmos as palavras sábias do Grande Construtor do Universo, e o Grande Arquiteto de nossa existência, Nosso Senhor Jesus Cristo: “Quem ouve minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente que edificou a casa sobre a rocha; sopraram os ventos, caíram as chuvas, mas ela a tudo resistiu. Estava edificada sobre a rocha”.
A rocha são os nossos valores espirituais. São os sentimentos saudáveis que alimentamos dentro de nós. É a fé, a verdade e o amor. A rocha é o próprio Deus. Ele é o fundamento que jamais se desfará. Nele, tudo é consistência. Quem nEle se firmar, estará em segurança. Não constroem sobre a areia, antes, pelo contrário, estará firmado na rocha eterna. Inabalável.