O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (UB), foi à Câmara Municipal no fim da manhã de hoje para uma visita surpresa. O objetivo era conversar com a bancada de oposição que estava reunida no local. O tema: a falta de aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA 2024) cuja apreciação deveria ter ocorrido na noite de sexta-feira, 29. Insatisfeitos com duas questões, os oposicionistas se retiraram do plenário, quebraram o quorum e a LOA não pôde ser votada.
De lá para cá, houve uma série de atritos. O prefeito convidou a oposição para uma reunião na casa dele no sábado, 30, mas a proposta foi rejeitada. Bruno, então, gravou um vídeo afirmando que iria revelar que “reais motivos” os vereadores teriam para rejeitar a LOA. A declaração inflamou ainda mais a oposição que passou a condicionar a conversa com o prefeito ao fato dele divulgar que motivos seriam esses.
Hoje de manhã, Bruno se reuniu com os vereadores aliados e depois seguiu para a Câmara porque sabia que lá encontraria os parlamentares de oposição. A reunião começou pouco antes das 12h e se prolonga pelo início da tarde.
No fim do ano passado, com a cassação de mandatos de quatro vereadores por fraude à cota de gênero, Bruno perdeu maioria no legislativo municipal. Dos 23 vereadores, o prefeito conta apenas com 11, sendo 12 adversários.
Os nós – A oposição reclama de um artigo da LOA que dá ao prefeito a possibilidade de suplementar o orçamento municipal em até 30% sem precisar de autorização da Câmara. A outra queixa é de que o projeto das emendas impositivas, aprovado mês passado, não teve até agora nem sanção nem veto do gestor.