O presidente Jair Bolsonaro está empenhado em eleger, em 2022, uma tropa para chamar de sua na Câmara Dos Deputados, diz a Crusoé. Para alcançar o objetivo, Bolsonaro escalou aliados de primeiríssima hora espalhados pelas principais regiões do país e alguns de seus auxiliares mais próximos. Entre os nomes escolhidos por Bolsonaro, estão os assessores Max Guilherme, Mosart Aragão e o paraibano Tércio Arnaud; o primo dos filhos do presidente Léo Índio; e o jogador de vôlei Maurício Souza.
“Os perfis que Bolsonaro deseja emplacar se enquadram em outra categoria. Eles não exibem uma coerência programática. A ideologia que professam, no geral, é a do ódio, um dos motores do bolsonarismo nas redes sociais e fora delas, diz a revista”
“Os próprios aliados do governo admitem que, ao contrário de 2018, não bastará se associar à imagem do presidente para ter sucesso nas urnas, como aconteceu, por exemplo, com Hélio Lopes, conhecido como Hélio Negão.”
A conta de Tércio foi uma das 88 (entre perfis pessoais e páginas) no Brasil que foram suspensas pelo Facebook e pelo Instagram por infringir as regras de conduta dessas redes sociais. Em outros quatro países – EUA, Canadá, Equador e Ucrânia – foram mais 402, após extensa investigação feita pelo Laboratório Forense Digital do centro de estudos Atlantic Council, a pedido do próprio Facebook. O assessor íntimo do Planalto é um símbolo da ofensiva da rede social, que está sob pressão para deter a disseminação de conteúdo tóxico em meio a uma campanha global de boicote de marcas.
Com O Antagonista