O presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL na manhã desta terça-feira (30), em um evento com ministros, governadores, dirigentes partidários e parlamentares e muita aglomeração. Seu discurso foi de gestos a parlamentares a ataques à esquerda.
“Nós tiramos o Brasil da esquerda, nós todos tiramos. Olha para onde estávamos indo”, disse o mandatário para a plateia. Ao seu lado, estavam dirigentes do Centrão, como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que integrou governos do PT no passado.
Em meio a uma possível quarta onda da Covid-19, com a variante ômicron, o evento contou com mais de 200 pessoas, num local sem ventilação
Apenas autoridades puderam entrar no pequeno auditório reservado para a cerimônia com o presente. Convidados e imprensa ficaram numa antessala.
O evento foi bastante diferente do lançamento do Aliança para o Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar, mas não conseguiu.
À época, a plateia estava repleta de apoiadores e discursos ideológicos. O tom da assinatura da ficha do presidente nesta terça foi assim como a plateia: político.
Ainda que Bolsonaro quisesse uma filiação mais discreta, o quórum de ministros foi alto. Os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), entre outros, devem se filiar.
O senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, se filiará também ao PL, e comentou planos do partido para palanques regionais. Segundo ele, o cenário está encaminhado para que Tarcísio de Freitas (Comunicações) se filie e saia candidato ao governo de São Paulo. ]
“Ele está numa função chave do projeto de resgatar o país junto com o Bolsonaro”, disse.
Flávio confirmou que Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, também deve sair candidato ao Senado pelo estado.
Já em Goiás, Flávio disse ser necessário ter mais conversas antes que se bata o martelo para lançar o líder do PSL na Câmara, Major Vitor Hugo (GO), ao governo, como quer uma ala de apoiadores de Bolsonaro.
Folha de S. Paulo