Preso na operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, deixou a pasta em março após as revelações, feitas pela Folha e por outros veículos, sobre os indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público no MEC (Ministério da Educação).
O presidente Jair Bolsonaro (PL), então, acumulou mais um nome em sua coleção de ministros exonerados. Milton Ribeiro foi o quarto a comandar o MEC desde o início do governo. Apenas quatro dias antes da decisão, porém, o presidente havia usado a sua live semanal para fazer uma defesa enfática do ministro, chegando a dizer que colocaria a “cara no fogo” pelo auxiliar.
“O Milton, coisa rara de eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele”, disse Bolsonaro na ocasião.
Logo após a demissão, inúmeros internautas relembraram e fizeram piadas sobre a declaração do presidente. O nome do ex-ministro também chegou aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil à época.
“Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Uma covardia o que estão fazendo”, diz @jairbolsonaro sobre denúncias de propina no MEC.
“Quando o cara quer armar, ele vai pelado na piscina, para a praia, pro meio do mato, não bota na agenda”, afirmou o presidente, que exigiu provas. pic.twitter.com/XenTkKbJXT
— Metrópoles (@Metropoles) March 24, 2022
Com Folha Online