O prefeito Berg Lima, que reassumiu ontem (19) a Prefeitura Municipal de Bayeux, negou nesta quinta-feira (20) ter feito qualquer acordo com a Câmara de Bayeux, que apesar de seu afastamento do cargo, da sua prisão, não cassou o seu mandato.
Em entrevista, Berg disse que foi vítima de uma armação tramada pelo “vice-prefeito da época”, Luiz Antônio, e o empresário Paulino, com quem ele foi gravado e que resultou na denúncia contra ele de cobrança de propina.
O gestor, entretanto, negou ter praticado atos ilícitos.
“Eu desafio qual momento a gravação prova que eu extorqui, que eu fiz pedido expresso a ele de alguma quantia”, declarou em entrevista à Rádio Arapuan.
Ele afirmou que a Prefeitura iria romper, dois dias depois do encontro, o contrato com o empresário, fornecedor da prefeitura.
Berg também disse ter sido vítima de armação política.
“Desde o início da gestão nós sofremos muito”, declarou.
Durante a entrevista ele disse que se arrependeu de algumas “escolhas equivocadas” feitas no passado. “Mas quando a gente tem fé e força de vontade, a gente consegue superar as dificuldades”, afirmou.
Entre os arrependimentos, afirmou, está a conversa com o empresário, que fornecia alimentos para uma UPA.
A partir de agora, revelou, vai evitar qualquer tipo de diálogo diretamente com fornecedores da Prefeitura.
Declarando que se sente mais maduro e preparado, Berg disse ter condições políticas e credibilidade para reunificar a cidade. Mas, ressaltou, “isso é um processo de convencimento político e apenas o tempo vai dizer”.
Negou que em momento algum foi expulso do Podemos, mas que apenas foi destituída a Comissão Provisória que comandava o partido. Ele disse que ainda integra os quadros do partido.
Berg disse que esse é o momento de unificar a cidade e garantiu que não vai faltar trabalho por parte da gestão e que quer “reconquistar o coração do pvo”.
Disse que vê com serenidade o pedido do Ministério Público da Paraíba contra o seu retorno à Prefeitura de Bayeux.