Por causa de um intervalo de tempo inferior a 24 horas, o deputado federal Efraim Filho (União Brasil) não foi confirmado pelo governador João Azevêdo (PSB) como pré-candidato ao Senado em sua chapa. A revelação foi feita na tarde de hoje pelo deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB), a quem coube a interlocução com o parlamentar para viabilizar a composição da chapa majoritária. A declaração foi em entrevista à rádio Arapuan FM.
“Fui o primeiro político do Estado a apoiar Efraim Filho para o senado sem que houvesse aceno público do governador, o que terminou não havendo. Se Efraim tivesse esperado 24 horas para fazer o anúncio de adesão a Pedro [Cunha Lima], havia uma probabilidade concreta dele ser chamado para compor a chapa do governador João Azevêdo”, disse Barbosa, acrescentando ter sido orientado por setores do Governo a conversar com Efraim Filho a respeito da composição da majoritária. “Liguei para ele, que não atendeu porque estava numa coletiva do União Brasil. No domingo, fui incumbido de conversar sobre a possibilidade dele reexaminar a candidatura ao Senado e aceitar ser vice. Falei com ele à noite e ele disse que não havia chance. Na segunda, não pelo governador, mas por outros setores da articlação política do governador, fui instado a convidar Efraim para uma conversa na qual trataríamos da possibilidade do Senado. Lembro que não consegui falar com o deputado porque estava na solenidade de inauguração da Codata e quando Efraim me retornou, já estava em todos os portais o anúncio de apoio dele a Pedro. Consequentemente, não houve a conversa”.
Com o atual cenário, Barbosa acredita que o governador anunciará em breve a composição de sua chapa. “Obviamente que isso é um tempo que cabe ao governador João Azevêdo, mas acredito que ele aproveitou esse tempo de descanso para também entabular algumas conversas políticas”.
O deputado socialista também negou que tenha descartado o voto em Luiz Inácio Lula da Silva para presidente. “Eu nunca disse isso. Eu disse que torcia para uma terceira via, o que parece não ser mais possível. Queria sair dessa dicotomia entre Lula e Bolsonaro. Sem uma opção de terceira via com densidade eleitoral, eu farei a opção de votar no candidato do governador que deverá ser Luiz Inácio Lula da Silva”.