Lideranças da bancada evangélica deram 24 horas para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, explique os áudios de uma conversa que manteve com prefeitos e dois pastores sobre a distribuição de verbas da pasta.
Dizendo-se indignados por mal conhecerem os pastores, alguns líderes do segmento religioso que defendem o governo de Jair Bolsonaro já pregam até a troca de comando no MEC (Ministério da Educação). Mas afirmam querer dar um tempo para que Ribeiro apresente seus argumentos.
O presidente da bancada, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é pró-Bolsonaro, já enviou o recado diretamente a Ribeiro. Parlamentares exigem que ele convoque uma entrevista coletiva para esclarecer os fatos. O ministro também é pastor evangélico.
O vice-presidente da bancada, Luis Miranda (Republicanos-DF), que é dissidente do governo, vai na mesma linha. “Se os fatos forem comprovados, é caso, sim, de exoneração do ministro”, afirma. “Conversei com vários integrantes da bancada evangélica, e mesmo os que apoiam o governo não têm o ‘privilégio’ de ver seus pleitos atendidos desta forma. Um ministro não pode defender interesses privados, mas sim de toda a sociedade”, segue.
Mônica Bergamo, Folha Online