A Associação dos Policiais Civis da Paraíba divulgou hoje uma nota com a imprensa denunciando a prática de abusos no regime de trabalho das delegacias regionais de Catolé do Rocha (8ª DRPC) e Monteiro (4ª DRPC). Segundo o documento, os policiais lotados nessas duas unidades procuraram a associação para denunciar que estão sendo vítimas de abuso, cometidos pelos delegados regionais de Catolé do Rocha, Aroldo Queiroga, e de Monteiro, Wergniaud Vaz.
De acordo com as queixas, os policiais estariam sendo forçadamente escalados em regime de plantão por 15 dias consecutivos, sem pausa para descanso, o que totaliza 360 horas de trabalho seguidas. E mesmo após a longa carga horária, os policiais civis teriam direito a apenas 15 dias de descanso, sem compensação.
Após tomar conhecimento da situação, o presidente da Aspol, Alberto Soares de Araújo, procurou o Delegado Geral de Polícia Civil e o Ouvidor da Secretaria de Segurança e Defesa Social, para que o problema fosse corrijido e exigiu o cumprimento da Lei Orgânica da Polícia Civil. Segundo a assessoria da Aspol, houve o compromisso de sanar a falha, mas até hoje o impasse persiste.
De acordo com um policial civil, que temendo represálias prefere não se identificar, tentou-se um acordo com o Delegado Regional Aroldo Queiroga, mas este teria afirmado que nem “por ordem do Juiz” iria alterar a escala, pois cabia a ele a decisão. Ainda de acordo com o denunciante, a escala foi adotada por retaliação do delegado Aroldo Queiroga após a greve dos policiais civis, realizada em 2008.
Conforme o presidente da Aspol, o caso foi entregue à análise do Assessor Jurídico da associação para que sejam tomadas as medidas jurídicas cabíveis.