Após o anúncio de melhorias para as Forças de Segurança, outras categorias estão reivindicando reajuste ao governador João Azevêdo. O Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed) lamentou, em nota, a falta de comprometimento do governo da Paraíba com outras categorias, como os profissionais de saúde.
De acordo com o presidente do Simed-PB, Márnio Costa, até agora o governo não recebeu o sindicato para discutir a renegociação nos salários dos médicos. Segundo ele, o sindicato tenta, desde novembro de 2021, uma reunião com o governo da Paraíba para negociar um reajuste salarial para a categoria médica, sem sucesso. “Apenas as prefeituras de João Pessoa e Cabedelo receberam representantes do sindicato e ouviram as pautas de reivindicações da categoria. Encaminhamos um ofício ao governo estadual, mas não recebemos nenhuma resposta até agora”, afirmou Márnio Costa.
A decisão que afeta o reajuste dos militares, se deu após protestos da categoria. No primeiro momento, a administração ofereceu 80% de incorporação da bolsa, mas aceitou os 100% propostos pela categoria. Enquanto isso, ressalta o Simed-PB, o Governo da Paraíba, por imposição do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), regulamentou uma gratificação aos profissionais de saúde com incorporação de 0%.
Segundo o sindicato, no fim de dezembro, o Governo da Paraíba publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) uma lei de incentivo que deve substituir a gratificação de produtividade SUS. De acordo com a publicação, a definição dos valores desse incentivo serão definidos e regulamentados com a publicação de um decreto, o que ainda não aconteceu, mas a lei já adianta que a incorporação será de zero por cento.
O Simed-PB promete continuar lutando por salários justos para os médicos da Paraíba. “Desde o início da pandemia, no caso dos médicos, nós estamos lutando por uma remuneração justa e isonomia salarial entre contratados e efetivos na mesma função. Absurdamente e contrariando a Constituição, na Paraíba um medico concursado recebe remuneração total até quatro vezes menor que um medico contratado. Esperamos que o governo atenda o nosso pedido e receba a categoria para ouvir as nossas demandas”, concluiu Márnio Costa.