Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Apenas está morto…

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O personagem Ricardo Coutinho é um capítulo à parte nessa eleição municipal de João Pessoa, 2020, e merece mais da nossa reflexão. Eventos recentes e surpreendentes foram suficientemente graves ao ponto de fazer essa força incontestável do nosso estado, esse gigante das urnas, amargar uma sexta colocação na sua cidade natal.

Inicialmente, destaco o rompimento com o governador João Azevedo, sua cria, que, desfiliando-se do PSB, levou consigo uma boiada incontável de filiados, enfraquecendo o partido e deixando o Mago sem mandato (porque não quis ser senador) e sem influência política direta.

Nesse contexto de relativa fragilidade, eclode a letal “Operação Calvário – Juízo Final”, que o prendeu subitamente e temporariamente, e pior, revelou negociações telefônicas criminosas e odiosas, sepultando aquela imagem de homem público exemplar, ficha limpa, maculando sua biografia com mancha difícil de ser removida. Foi inimaginável, assustador, mas foi real. Real como uma tornozeleira eletrônica (retirada após recurso) e uma proibição de sair de casa à noite. Para a incredulidade dos apaixonados, a decepção dos admiradores e a glória dos opositores.

Como se não bastasse, a cinco dias das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral condena-o por abuso de poder político e econômico, em relação a práticas indevidas e longínquas, ocorridas no ano de 2014, quando concorria à reeleição para o governo do estado. O Tribunal ainda o torna inelegível, semelhante ao que ocorreu outrora com o seu adversário, Cássio Cunha Lima, referente a condutas praticadas em 2006.

O fato é que esse golpe foi irremediável. Como dar crédito (e voto) a um candidato inelegível pela Justiça? O resultado você já sabe: o Mago foi magro nas urnas da capital, como nunca. Sexto lugar.

E os eventos constrangedores continuam: logo após as eleições, o Ministério Público Federal, em decorrência das investigações da venenosa Operação Calvário, denunciou ele e outros comparsas ao Superior Tribunal de Justiça, por corrupção e crime contra a administração pública, por desvio de milhões da saúde. Quer mais? Seu partido não elegeu sequer um único vereador na capital, para defendê-lo na tribuna da Câmara Municipal…

Mas Ricardo Coutinho não morreu. Apenas está morto.

Alguns anos de observação foram suficientes para eu testemunhar, como São Tomé, que a política ressuscita as pessoas… Não cometerei mais a ingenuidade de achar que uma “Operação Calvário” sepulta, e que um “Juízo Final” condena um político por derradeiro… Porque quem mata não é a Justiça. É o povo.

O povo mata e o povo dá vida. De novo. Sem razão nem explicação.

O finado Cícero Lucena é só um exemplo: está aí, de volta, de novo, sem razão nem explicação. Quem diria…

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

janaynanunes

Presidente da Comissão de Soridade da OAB reprova declaração de Galdino

anderson-leonardo_widelg-620x450

Anderson Leonardo, cantor do Molejo, morre de câncer aos 51 anos

heronamidi (1)

Amidi pede ao Sebrae-PB 1ª pesquisa de mercado da mídia digital paraibana

Sala de Tribunal

Mulher acusada de jogar filho com deficiência intelectual em cisterna vai a Júri na 2ª feira

Criança tem perna errada operada

Ministério Público instaura procedimento para apurar “erro médico” contra criança em Campina

PF operação contra abuso sexual infantil 2

PF prende acusado de armazenar e compartilhar cenas de abuso sexual contra crianças e adolescentes

TSE sessão 25 de abril de 2024

Ex-secretário de Malta fez transporte irregular de eleitores, confirma TSE

cofeciromulo

Cofeci sugere a Arthur Lira lei que fomente o acesso à locação de imóveis

concurso

MPPB recomenda reabertura de inscrições do concurso de Juripiranga

Trauma de CG 2

Médicos erram e operam perna errada de criança no Trauma de Campina; equipe é afastada