A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (02), o resultado do 5 º Ciclo de Revisão Tarifária da Energisa Borborema (EBO). A Revisão Tarifária Periódica ocorre a cada quatro anos, substituindo o Reajuste Tarifário Anual. As novas tarifas entram em vigor nesta quinta, dia 4.
No cálculo realizado pela Agência, o aumento médio será de 5,21% nas tarifas da distribuidora, com efeito médio a ser percebido de 4,06% para os clientes de Baixa Tensão (residencial, zona rural, comércios menores) e de 8,61% para os clientes de média e alta tensão (comercial e industrial). Os consumidores residenciais, que representam a maior parte dos clientes da Energisa Borborema, perceberão um aumento médio menor, de 3,58%.
Mesmo com o efeito da revisão tarifária, a Energisa Borborema permanece com uma as menores tarifas de energia do Brasil. O valor da tarifa para cliente B1 residencial, por exemplo, ficará em R$0,52 por kWh, 9,7% abaixo da média nacional, que é de R$0,576 por kWh, e 18,8% abaixo da inflação calculada pelo IGP-M.
Custos de Transporte e Compra de Energia impactaram aumento
Segundo a Aneel, o aumento da tarifa foi impactado especialmente pelos custos que compõem a chamada Parcela A da tarifa, como transmissão e aquisição de energia, cujos montantes e preços escapam à vontade ou gestão da distribuidora, que atua apenas como arrecadadora.
O custo com Transporte teve uma contribuição de +3,68%, devido às novas Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão – TUST para o ciclo 2020-2021. A Compra de Energia foi responsável por +2,28% do efeito médio, devido ao aumento dos custos de combustível.
Por outro lado, os custos que compõem a Parcela B, que são diretamente gerenciáveis pela própria distribuidora, como operação e manutenção e remuneração dos investimentos, impactaram numa redução de -0,18%.
A eficiência na gestão destes custos é resultado dos investimentos realizados pela Energisa Borborema entre 2015 e 2020. Neste período a EBO investiu quase 80 milhões em obras de ampliação de subestações, construção de Linhas de Distribuição, além da instalação de equipamentos nas redes elétricas. Com isso, os indicadores que medem a qualidade do serviço, e apontam a quantidade de horas e frequência que os clientes ficam sem luz, estão ficando abaixo do limite determinado pela Aneel. O resultado coloca a Energisa Borborema entre as melhores concessionárias do País, em termos de qualidade e desempenho em continuidade dos serviços prestados.
Outro fator significativo foi a adesão do Grupo Energisa ao programa de empréstimos Conta-Covid, realizado em julho de 2020, que também beneficiou os clientes da EBO. A medida reduziu o impacto provocado pela pandemia de Covid-19, dando condições para que as distribuidoras honrassem pagamentos a toda a cadeia de energia, evitando repassar este custo ao cliente.
Com os recursos da Conta-Covid, os custos Financeiros baixaram, contribuindo com uma redução de -3,34%. Sem esta medida, o efeito médio do reajuste seria de 8,51%.
Composição da tarifa de energia
A tarifa de energia elétrica é composta por custos da distribuição, que formam a Parcela B da tarifa, e os custos de transmissão e geração de energia, além de encargos e impostos, chamados de Parcela A. O preço final da tarifa é dividido, portanto, em duas parcelas.
Veja na conta de luz abaixo a composição da tarifa e a distribuição de valores entre parcelas A e B:
Sobre a Energisa Borborema
A Energisa Borborema é responsável pela distribuição de energia em seis municípios da Paraíba: Campina Grande, Queimadas, Lagoa Seca, Fagundes, Boa Vista e Massaranduba, totalizando cerca de 215 mil unidades consumidoras.
A Energisa Borborema também está entre as empresas reconhecidas pelo Prêmio Abradee, entregue pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica. O Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) da Energisa Borborema passou de 78,2 para 86,7, um crescimento de 8,4 pontos em relação a 2019. Realizado desde 1999, o Prêmio Abradee avalia o desempenho das empresas por meio de entrevistas com clientes, levando em consideração cinco áreas de qualidade: fornecimento de energia, informação e comunicação com o consumidor, conta de luz, atendimento ao consumidor e imagem da distribuidora.