Neste sábado, 11, o advogado Daniel Alisson, que representa a família de Helton Pessoa, empresário e fazendeiro de 45 anos assassinado pela esposa na tarde de ontem na Fazenda Zumbi, em Sapé, divulgou hoje mais detalhes sobre o crime e acusou a empresária Taciana Ribeiro Coutinho, esposa de Helton e responsável pelos tiros que causaram sua morte, de exercer influência sobre as investigações.
“Entre o momento do crime e a notificação das autoridades competentes, passaram-se mais de 4 horas, tempo mais que suficiente para alterar a cena do crime e criar uma narrativa mais favorável à assassina. E, mais grave ainda, tempo em que poderia ter sido prestado socorro e salvado a vida da vítima. Assim, além de atirar no marido, ela o deixou morrer à míngua, sem acionar o SAMU ou levá-lo até um hospital, demonstrando a crueldade e a intenção premeditado de ceifar sua vida”, declarou Daniel.
O advogado acrescentou que a empresária tem poder de influência, pertence à mais tradicional e rica família paraibana e um exemplo disso seria o fato dela não ter sido presa, não se apresentou para apresentar sua versão e sequer teve a prisão preventiva requerida. “Se, por acaso do destino, tivesse sido Helton o autor do homicídio, sem sobrenome nem fortuna, já estaria com a prisão preventiva decretada e cumprida. Esperamos que o poder econômico não manche, mais uma vez, a história da Paraíba com a cor da impunidade”, comentou o advogado.
Tiros na genitália – Daniel também contestou as informações que circularam nas redes sociais dando conta de violência doméstica sofrida por Taciana durante a convivência com Helton: “Os relatos de pessoas próximas é de que ela tinha problemas com o álcool e ficava agressiva quando bebia. Nestas ocasiões, o casal brigava. Mas, ontem ela disparou quatro tiros contra a região genital do marido. Foi uma execução”, disse.
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