Nesta quinta-feira (27), após 15 horas de julgamento, o 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa absolveu todos os acusados da morte do radialista Ivanildo Viana, crime ocorrido no dia 27 de fevereiro de 2015, quando o radialista saia da rádio em que trabalhava.
Foram absolvidos o ex-sargento e ex-vereador de Bayeux Arnóbio Gomes Fernandes, os ex-policiais militares Erivaldo Batista e Olindo Vitorino, além de Eliomar de Brito Coutinho “Má”, Francisco das Chagas “Cariri” e Valmir Ferreira Costa “cobra”.
Com isso, as investigações devem ser reabertas. O promotor que realizou o júri questionou o fato de o filho do deputado Damião Feliciano, Renato Feliciano e o assessor Paulo Paz, ouvido três vezes, não terem sido arrolados como testemunhas no tribunal do júri.
O promotor Marcus Antonius da Silva Leite confirmou ao ParlamentoPB que realmente fez o questionamento sobre a inclusão de Renato entre as testemunhas, mas descartou qualquer acusação contra ele: “Não existe nos autos nenhuma suspeita contra ele. Eu realmente questionei até porque poucas testemunhas foram convocadas e ele chegou a ser ouvido em Santa Rita”.
Por causa do desaforamento do caso, o promotor que esteve presente ao júri não foi o mesmo que acompanhou o processo em Santa Rita.
O advogado Aécio Farias, representante jurídico do Sargento Arnóbio, disse que o resultado já era esperado porque a testemunha decisiva, um apenado condenado a 48 anos de prisão, mudou a versão para o que havia dito e afirmou que não tinha conhecimento da participação dos acusados no crime.
Inicialmente, o preso havia dito que ouvira o Sargento Arnóbio nas tratativas do crime. Ontem, ele disse que ouviu essa versão dita por uma terceira pessoa que não quis identificar.
O ParlamentoPB conversou com Renato Feliciano e ele disse não ter qualquer relação com o fato. “Fui intimado e ouvido pela polícia na época do crime porque Ivanildo trabalhou na rádio de meu pai.. Mas, as informações foram suficientes e não me chamaram mais. Eu não tenho relação nenhuma com isso”, disse.