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A festa da liberdade

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A palavra páscoa significa literalmente “passagem”. Especificamente, passagem por cima. Na sua dimensão histórico-religiosa, a primeira Páscoa foi a celebração da “passagem” dos hebreus da sua condição de escravos no Egito para a conquista da plena liberdade, rumo a terra de Canaã. A rigor, a Páscoa é uma tradição judaica, cujas raízes remontam ao antigo Egito, naquela última noite quando Moises livrou o povo das garras de Faraó e o conduziu para Canaã, a terra prometida por Deus aos patriarcas hebreus, em especial: Abrão, Isaac e Jacó.

É interessante observar os três elementos básicos que estavam presentes na celebração da páscoa israelense: Um cordeiro sem mácula, ervas amargas e pães asmos (sem fermento). O cordeiro simbolizava o sacrifício e o sangue que livraria os israelitas da morte dos primogênitos – a última das dez pragas. As ervas amargas representavam o amargor da escravidão, e os pães asmos lembravam a fuga apressada, pois a liberdade tinha pressa, e a última noite no Egito seria curta demais.

Em sua essência, a festa da Páscoa é a celebração da liberdade. Pode significar, também, a travessia de desertos, a fuga de muitos “Egitos”, e a vitória sobre todos os “Faraós” possíveis, representados pelas muitas forças que humilham, aprisionam, oprimem o ser humano, pois roubam a sua liberdade, sequestram a sua esperança e lançam nuvens sombrias sobre o futuro.

Poucos fazem uma relação adequada dos símbolos espirituais da Páscoa israelense com o nosso contexto cristão. Por falta dessa ponte simbólica, a Páscoa ocidental é muito vazia de conteúdo espiritual, quanto mais recheada com vinho e ovos de chocolate. Na verdade, nossa cultura deturpou os símbolos, esqueceu o deserto e secularizou o sagrado – diz-se: Feliz Páscoa, sem a menor noção do que isso significa.

Toda conquista da liberdade tem seu preço muito alto. Muitas vezes alguém paga esse preço por nós. Os movimentos históricos pelos direitos das minorias são exemplo dessa verdade. Muitos lutaram e morreram para que hoje fôssemos uma sociedade mais livre e menos discriminatória. Ter consciência histórica é também uma forma de ser livre, na medida em que rejeitamos o passado escravizador e assumimos o compromisso com um futuro melhor, fundado na verdade, na justiça, na liberdade e na paz.

Hoje, ainda são muitos os “Egitos” que insistem em nos manter oprimidos em seus muros. Estão presentes nas forças que insistem em nos manterem sob várias formas de jugo e opressão. Nossa geração do “ovo de chocolate” continua escravizada pelas drogas, pelo cigarro, alcoolismo, superstições, cegueira espiritual, solidão, sentimentos amargos como a angústia, depressão, dentre outros. Comemoram a Páscoa pela tradição, mais não celebram a liberdade na sua alma.

Na verdade, o Egito pode estar dentro de nós, com seus “Faraós” reinando em nosso coração. É preciso pois que comecemos em nós mesmos a experiência libertadora, quebrando os muitos jugos que impedem a nossa liberdade, inclusive aqueles que permitimos que outros coloquem sobre nós.

Nesta Páscoa, deixe Jesus Cristo mudar a trajetória da sua existência. Celebre a passagem da morte para a vida, da tristeza para a alegria, da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz. A verdadeira Páscoa deve ser a celebração da nossa plena liberdade. Foi Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, quem selou nossa redenção ao afirmar: “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres’ (João 8:36) FELIZ PÁSCOA!

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