O filme de longa-metragem paraibano ‘Pele Fina’, dirigido por Arthur Lins, será exibido neste sábado, 16, na 20ª Mostra do Filme Livre, no Rio de Janeiro. Em sua vigésima edição, a mostra se consolida como uma das mais representativas do cinema independente e autoral brasileiro, sendo uma importante janela que exibe e discute a diversidade do cinema nacional. O cineasta paraibano Ely Marques, falecido durante a pandemia de covid-19, será homenageado na abertura da Mostra, tendo em vista a sua enorme contribuição ao desenvolvimento do cinema independente brasileiro na última década.
Para o cineasta Arthur Lins, trata-se de um importante reconhecimento à trajetória de Ely Marques. “Em 2007, eu e Ely dirigimos o nosso primeiro filme juntos, o documentário ‘Um fazedor de filmes”. A Mostra do Filme Livre foi um dos primeiros festivais que exibiram o nosso curta fora da Paraíba, o que mostra o cuidado e a atenção da curadoria ao dar visibilidade a filmes de contextos de produção emergentes e fora do eixo Rio-SP. Desde então, os organizadores da Mostra acompanham a trajetória de Ely, e sabem de sua importância artística e política para o cinema Paraibano”, destaca Arthur. Este ano o evento recebeu mais de 1.300 filmes e selecionou 180, de todas as durações, formatos e gêneros, como tem feito desde 2002, quando debutou no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ).
Em 2023, depois da pandemia, a Mostra do Filme Livre volta a ser presencial e também online, com o fundamental apoio da Riofilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro, e que também apoiou a edição passada, sobre a pandemia. Além da Riofilme, o evento conta com os apoios do Centro Cultural Banco do Brasil, da Cinemateca do MAM e do Centro Cultural Justiça Federal, que, juntamente com o Estação Net Botafogo, serão a casa da MFL por dez dias.
Todas as regiões do Brasil estão presentes, e os estados com mais filmes são: RJ, com 63 filmes, SP com 40, MG e SC com 14 filmes cada e CE com 9. Também cinco filmes foram feitos no exterior, por brasileiros. A programação completa se encontra em www.mostralivre.com
Além do cineasta Ely Marques, a 20ª MFL é dedicada à memória de Maurice Capovilla, Nilson Primitivo, Clóvis Molinari e Carlos Alberto Prates, que representam o que o evento quer ser a cada ano: ousado, original, sem igual! Também o cineasta Ricardo Miranda será lembrado na sessão do filme “Natureza Morta”, que foi realizado por sua companheira, Clarissa Ramalho e fecha a trilogia Inquietante Estranheza. Cada qual a seu modo, todos ajudaram a MFL a ser mais relevante, e serão sempre lembrados com carinho.
Segundo Guilherme Whitaker, criador da MFL, o cinema possível brasileiro sobreviveu à pandemia e ao pandemônio, com centenas de filmes feitos nestes anos e que raramente foram vistos. “Agora que as mostras, festivais e cineclubes estão voltando a acontecer, é a hora e a vez da difusão mostrar a que veio, literalmente, exibindo o tão gigante e diverso audiovisual que somos! Na MFL o foco é escoar e ecoar tantos filmes incríveis, curtas, médias e longas, feitos por pessoas também ímpares, Brasil adentro, num importante painel do nosso cinema livre, numa festa audiovisual de dez dias!”, observa.
O filme paraibano ‘Pele Fina’ será exibido no sábado, 16, às 18h, no Estação Net Botafogo. O cineasta Arthur Lins estará presente na sessão e participará de debate com o público após a exibição. “Esta ação foi selecionada pelo Edital Arte na Bagagem de apoio à circulação artística, iniciativa do Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Cultura. Viva a arte paraibana!”, finaliza o cineasta Arthur Lins. Mais informações sobre o filme e o festival, podem ser conferidas no site https://www.mostralivre.com/23/
Informações sobre a exibição de ‘Pele Fina’ no festival >
https://mfl-site-git-2023-mfl2023.vercel.app/curta/c2c9f7af-ff20-4efa-9fc4-22f006c57400