O capelão da Polícia Militar da Paraíba, Padre Adelino, negou hoje que tenha tido participação na distribuição de panfletos apócrifos contra o candidato ao Governo pelo PSB, Ricardo Coutinho. O material, que acusa Ricardo de ter uma ligação com forças ocultas, teria, segundo o deputado estadual Zenóbio Toscano, sido entregue pelo próprio Adelino a outros religiosos e populares. O padre nega e alega ter aconselhado os eleitores a rasgarem os panfletos:
– Isso foi espalhado no Estado. Várias pessoas em igrejas vieram me apresentar isso. Eu disse que era um documento que não tinha validade e disse que seria melhor até rasgar. Eu estou com a consciência tranquila, esperando que venha a Justiça Eleitoral. Estou à disposição da Justiça ou da Polícia Federal para esclarecer se houve minha participação ou não diante essa acusação do deputado. Depois, no mundo jurídico diz-se que cabe ao acusador o ônus da prova. Ele pode dizer qual foi o padre que contou isso a ele e depois, assumir as consequências. Todos serão processados por calúnia e difamação.
Adelino considera que o debate religioso em meio a uma campanha eleitoral é pertinente, mas acredita que alguns candidatos têm mentido sobre sua religiosidade. Ele também se solidarizou ao arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, que foi criticado pelos presidentes do diretório municipal e estadual do PT por causa de um vídeo postado no You Tube com acusações ao PT e à candidata Dilma Rousseff por causa de uma suposta defesa ao aborto.
– O próprio Dom Aldo Pagotto já disse que foi vítima de uma armação. Sendo armação, não tem validade nenhuma aquela fala na internet. Mas, cada um, seja bispo, padre, quem for, pode emitir sua opinião. É a liberdade de expressão.