Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

O silêncio sobre os mandados cumpridos em Itaporanga

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

A cidade de Itaporanga foi o centro das atenções da Paraíba na quinta-feira, 1º de setembro. Isso porque agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Polícia Civil da Paraíba foram lá cumprir mandados no fórum e também contra um juiz e alguns advogados.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Aliás, o que se sabe, veio do relato de populares que perceberam a movimentação do Gaeco e da polícia nas ruas, registraram em fotos e vídeos e colocaram nas redes sociais.

O MP não deu qualquer informação sobre a operação, nem a Polícia.

O presidente da OAB-PB, Harrison Targino, disse que a Ordem foi avisada antecipadamente e que designou um representante para acompanhar as diligências. Da mesma forma, praticamente, se posicionou o presidente da Associação dos Magistrados da Paraiba, Max Nunes. “Nós vamos acompanhar o desenrolar das investigações, esperando que sejam garantidas todas as prerrogativas e o devido processo legal. Temos certeza que serão adotadas todas as medidas”.

O processo corre em segredo de Justiça.

Até aí tudo bem. A lei reserva esse direito para aqueles casos em que a divulgação pode afetar o andamento das investigações. E também quando determinados detalhes pessoais não devem ir a público. Tudo muito compreensível.

Mas, nada impediria a divulgação pelas autoridades de informações básicas. Quantos mandados foram cumpridos, genericamente a quem se referem, se magistrado ou advogados, qual o objetivo da ação. Público o fato já se tornou. Aliás, não teria como ser diferente em um mundo monitorado por cameras de celulares, pela internet e pelas redes sociais. Especulações já surgiram e até nomes oficialmente não divulgados já estão na boca do povo.

Na Paraíba, um ex-governador, deputadas, procurador geral do estado, várias ex-secretários, ex-prefeitos já foram presos. Em todos os casos, foram divulgadas informações senão amplas, ao menos básicas, porque são assuntos de interesse público. Da mesma forma, essa operação de ontem em Itaporanga deveria ter sido ainda que minimamente informada à população através da imprensa.

Do jeito que o fato foi tratado gera margem para que o povo imagine que a magistratura recebe tratamento especial, é blindada ou protegida. E o MP e o judiciário, responsáveis pela apuração de tantos mal feitos e com trabalho excepcional e respeitado na Paraiba podem avançar mais quando se trata de publicidade, respeitosa é claro, mas um princípio importantissimo da adminustralão pública.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

Anteriores

Varejo paraibano

Varejo da Paraíba registra terceiro maior crescimento do País, revela IBGE

joaoazevedoclose

João Azevêdo não vê manobra da base aliada em aprovação da ‘desconvocação’ de secretário na ALPB

STJ nova

STJ mantém decisão do TJPB e nega recurso a advogado pronunciado por duplo homicídio

Alunos com biscoitos em Santa Rita

Prefeitura de Santa Rita nega fornecer biscoitos como alimentação a estudantes

Ricardo Coutinho eleições 2022

STJ manda processo da Calvário contra Ricardo, Estela, Ney e outros para o TRE

Prisão, cadeado

Polícia Civil prende suspeito de abusar sexualmente de quatro enteadas

wilsonsantiago

Wilson Santiago deixa Secretaria de Representação institucional e esposa assume vaga

Procon de CG notifica postos de combustíveis

Procon de Campina Grande notifica 60 postos de combustíveis

Roberto Souza, secretário

Roberto Souza fala sobre crise que questiona sua permanência na Educação

Waldonys no seis e meia

“Causos, Cantos e Poesias”: Waldonys faz show nesta quinta no Seis e Meia