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Cuidado com modismos: “chip da beleza” pode prejudicar o coração

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De tempos em tempos, surgem alguns modismos na área da saúde. Um dos mais recentes é o chamado “chip da beleza”, que vem sendo utilizado para fins estéticos — apesar de não ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária — e traz ameaças para o coração.

Tal dispositivo, na verdade, é um implante hormonal subcutâneo, composto principalmente, pelo hormônio gestrinona. Esse hormônio tem sido usado erroneamente por mulheres na busca de melhora da performance física e estética dados os possíveis efeitos androgênicos dessa substância (como diminuição de massa gorda, aumento de massa muscular, aumento de libido).

Dentre os efeitos adversos associados ao uso de implantes de gestrinona em mulheres, estão acne, aumento de oleosidade de pele, queda de cabelo, aumento de pelos, mudança de timbre da voz, elevação dos níveis de colesterol e clitoromegalia (hipertrofia do clitóris).

Implante hormonal com fins estéticos eleva risco de infarto e AVC

Se já não fosse extensa, a lista de riscos, também inclui malefícios para o sistema cardiovascular, por isso a utilização do implante hormonal para favorecer o ganho de massa muscular e perda de gordura não é recomendável. E principalmente para as mulheres que têm algum problema no coração.

O uso inadequado do dispositivo pode causar maior risco de infarto e de Acidente Vascular Cerebral (AVC). As mulheres, em especial as cardiopatas, não devem utilizar esse implante de forma alguma, pois pode aumentar o colesterol e também doenças cardíacas, dentre outras questões. Além disso, não tem evidências científicas para o uso estético.

É importante lembrar que o sexo feminino tem um metabolismo diferente, com a proteção do sistema cardiovascular pelos hormônios femininos. Com o implante, o organismo muda para um perfil androgênico (mais masculino), e aí essas mulheres começam a ter risco de colesterol aumentado e de doenças cardiovasculares.

Eu, como pesquisador, não recomendo o uso estético desse produto, devido aos muitos efeitos colaterais e à falta de evidências científicas. Para as mulheres que estão na menopausa, inclusive, o perigo é maior, pois a mulher tende a ter um risco maior de doenças cardiovasculares nessa fase da vida. O termo ‘chip da beleza’ se popularizou, mas é equivocado. Primeiro porque não é um chip e segundo porque não há evidência científica alguma que o relacione a resultados estéticos. Antes de aderir a modismos, o melhor mesmo é se preocupar com a saúde! Cuide bem do seu coração!

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