Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Artigo: Presidente da ABRADEE aponta perdas para o Nordeste com PL 5829

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O presidente da ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Marcos Madureira, apontou falhas no PL 5829 e prejuízos para a Região Nordeste. A matéria polêmica é defendida pelo mercado solar, composto por 470 mil investidores, entre bancos, supermercados, empresas de telefonias e pessoas das classes de alta renda.

O marco legal da geração distribuída (PL 5829/19), que estava previsto para ser votado nesta quinta (6), saiu da pauta do plenário da Câmara dos Deputados por falta de consenso entre os parlamentares.

Ontem, o relator, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), publicou um substitutivo, resultado das negociações que vem sendo feitas há cerca de dois meses entre mercado e os parlamentares.

Confira o artigo de Marcos Madureira:

O PL 5829 e a perda da oportunidade de desenvolvimento do Nordeste

Nos últimos anos, a Região Nordeste viu nascer e frutificar uma esperança de desenvolvimento regional trazido pelas suas características climáticas favoráveis à geração de energias renováveis. E onde o que antes era desolação trazida pelo sol se transformou em grandes oportunidades de geração de energia limpa.

O mercado de energia solar e eólica centralizada no Brasil se concentra, majoritariamente, na região Nordeste, onde estão 88% destas usinas, sendo que a contratação média por parte das distribuidoras, nos leilões regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), desde 2010 tem sido de 2.000 MW por ano.

O sol a pino e os bons ventos continuam no Nordeste, mas por lá o clima anda nebuloso para os negócios voltados às usinas de energia solar fotovoltaica e eólicas centralizadas. Empresas que investiram na Região têm perdido mercado cada dia mais para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País, especialmente, onde a fonte solar tem crescido exponencialmente, mas na modalidade de Geração Distribuída (GD), que é subsidiada por meio das tarifas de energia elétrica de todos os consumidores (residenciais, comerciais e industriais).

Acontece que o retorno para quem gera energia solar na modalidade de GD tem sido muito mais atrativo em função dos subsídios, os quais as usinas solares e eólicas centralizadas não recebem. Um desequilíbrio regulatório que tem gerado distorções de mercado e concorrência desleal.

Embora o custo do megawhat/hora apresentado pelas usinas solares e eólicas centralizadas tenha sido o mais baixo dentre todas as fontes de energia elétrica nos últimos leilões da ANEEL, o incentivo exacerbado para a Geração Distribuída acabou com o mercado de fontes renováveis no Nordeste, pois o mercado regulado (composto pelas distribuidoras de energia elétrica) vem sendo obrigado a reduzir a aquisição da energia ofertada pelas usinas de fontes intermitentes (solar e eólica).

Então, com o forte crescimento da GD, aliado à a desaceleração da economia, o resultado é que não houve nenhuma contratação de energia solar ou eólica nos leilões em 2020 e 2021.

O panorama regional apresentado pela Geração Distribuída, especialmente por meio da fonte solar, mostra uma concentração de 76% dos investimentos na modalidade implantados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Isso aponta para um desincentivo para uma oportunidade justa de desenvolvimento da região nordestina, e pago por todos os consumidores de menor renda, incluindo os dessa região.

É mais um lado perverso dos subsídios que o texto do relatório do Projeto de Lei PL 5829/19 quer ampliar e perenizar. A proposta, que tramita no Congresso Nacional em regime de urgência para ser votada, visa se tornar o Marco Regulatório da Geração Distribuída no Brasil, mas ignora os impactos regulatórios já alertados por órgãos competentes, como ANEEL, Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Economia. Impactos que geram distorções de mercado com concorrências desleais, e que impõe a todos os consumidores o peso de um subsídio perverso em suas contas de luz.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

UFPB publica edital de concurso com 21 vagas para professor e salário de até R$ 11 mil

Lucas afirma que “não cabem dois Ribeiros” na chapa de 2026

Disputa para desembargador: Harrison defende paridade entre gêneros

Anteriores

sousaxbragantino

Falta de energia atinge parte do sertão da PB e atrasa Sousa x Bragantino

natixis (1)

Portugal busca brasileiros: multinacional abre 528 vagas sem limite de idade

harrisontargino

Disputa para desembargador: Harrison defende paridade entre gêneros

Prisão, cadeado

Preso homem investigado por quatro assassinatos em Aroeira

PC Deccor Prisão investigado por golpe contra a PBPrev

Polícia prende investigado por golpe de mais de R$ 130 mil contra PBPrev

CMJP 2024

CMJP aprova calendário para apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025

Lucas Ribeiro, vice governador

Lucas afirma que “não cabem dois Ribeiros” na chapa de 2026

Gervásio Maia em encontro internacional em Havana

Gervásio participa de missão em Cuba representando a Câmara dos Deputados

Ayrton Senna

Fãs de Ayrton Senna se reúnem em Imola para homenagear piloto nos 30 anos de sua morte

UFPB concurso

UFPB publica edital de concurso com 21 vagas para professor e salário de até R$ 11 mil