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Dois brasileiros são eleitos para a Câmara dos Deputados na Itália

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Dois brasileiros com cidadania italiana foram eleitos para a Câmara dos Deputados da Itália: o arquiteto Fausto Guilherme Longo, que mora em Piracicaba (SP) e é do Partido Democrático, e Luis Roberto Lorenzato, de Ribeirão Preto (SP) e candidato pela Liga do Norte.

A Itália permite que cidadãos que moram no exterior possam se candidatar ao Parlamento. Ao todo, são 12 cadeiras para deputados e seis para senadores. Aos candidatos na América do Sul são reservadas, especificamente, quatro vagas na Câmara e duas no Senado.

Ambos serão empossados em 23 de março e terão os mesmos poderes dos eleitos na Itália, inclusive participam das negociações para a escolha do primeiro-ministro, já que as coligações envolvidas na disputa não alcançaram a maioria necessária para a formação do governo.

A maior parte das cadeiras do Parlamento será ocupada pela aliança de direita, que inclui a Liga Norte e a Força Itália, esse último partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, mas o porcentual foi insuficiente para a coalizão governar sozinha.

Ex-secretário de Turismo de Piracicaba e ex-gerente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Longo foi o primeiro brasileiro a ocupar uma vaga no Senado italiano, elegendo-se para o mandato entre 2013 e 2017.

Na eleição desse ano, o arquiteto recebeu 8.906 votos. O Partido Democrático, que ele representa, obteve 23,10% dos votos na Câmara dos deputados e 23,16% no Senado.

Já Lorenzato se candidatou a cargo público pela primeira e foi eleito com 11.106 votos. Nascido em Ribeirão Preto, o empresário passou a infância em Orlândia (SP) e, atualmente, possui uma vinícola em uma propriedade de 14 hectares em Ituverava (SP).

“Eu já vou muito para a Itália, tenho negócios no país, então vou ter que ficar na ponte aérea. Já vou praticamente uma vez a cada 45 dias. Agora, vou ter que viajar praticamente toda semana, ou a cada 15 dias voltar ao Brasil”, diz.

O empresário explica que decidiu se candidatar porque teme uma mudança na legislação referente à concessão da cidadania italiana. Atualmente, prevalece a “lei de sangue”, em que qualquer descendente pode requisitar o direito, com passaporte e visto permanente.

Mas, segundo Lorenzato, no fim do ano passado a Câmara da Itália aprovou uma lei que concede a cidadania apenas para filhos e netos de italianos legítimos. O texto acabou sendo derrubado pelo Senado posteriormente.

“Eu não tenho nenhum interesse político, sou empresário, sou advogado, só entrei nesse projeto para, realmente, defender as pessoas, os brasileiros, para que não ocorra essa tentativa de mudar a lei”, afirma.

Lorenzato também diz que é preciso estreitar os laços comerciais entre Brasil e Itália, e defende a autonomia dos vice-consulados, afirmando que podem dar mais agilidade no processo de reconhecimento da cidadania, que hoje leva até 15 anos.

“O grande patrimônio da Itália somos nós, os italianos no exterior, e infelizmente nós somos vistos pelas autoridades com certo descrédito. Então, tem fila para conseguir a obtenção de cidadania, não consegue fazer a emissão de passaporte, é humilhante”, conclui.

G1

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