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Vergonha nacional

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Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil indignado com a soltura do traficante André do Rap é o mesmo que festejou em silêncio a transferência de Queiroz, aquele mui amigo que depositou 89 mil na conta de Michele Bolsonaro, para a confortável prisão domiciliar.

Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil que crucifica a jogadora de vôlei por ter dito “Fora, Bolsonaro” durante entrevista na TV é o mesmo que se cala e acha normal a chacota sobre a “gripezinha” do presidente da República, quando chegamos à trágica marca de 150 mil mortos por Covid-19.

Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil que foi às ruas defender a Lava Jato, a pretexto de combater a corrupção, exigir o impeachment de Dilma, como se a operação de Moro fosse a nossa tábua de salvação, é o mesmo que assiste calado à indicação do novo ministro do STF, de mãos dadas com o Centrão, peça central dos escândalos de corrupção dos governos do PT.

Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil que torce a cara para o beijo gay ou se escandaliza com o aborto de uma adolescente estuprada pelo padastro, procedimento este previsto em lei, é o mesmo que não se revolta ao saber que a pastora que tinha relação amorosa com filho adotivo mandou matar o próprio marido.

Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil que reclamava do Bolsa Família, alegando que era um programa para sustentar parasitas e comprar votos, é o mesmo que sustenta e aplaude uma família de parasitas e incompetentes que assaltou os cofres públicos, contratou funcionários fantasmas, embolsou parte dos salários dos servidores, que possui um patrimônio milionário às custas do dinheiro público e ainda tem a cara de pau de dizer que vai consertar o país.

Das duas, uma: ou perdemos o bom senso ou a vergonha na cara. Ou as duas coisas. O Brasil que enaltece os medíocres, os insensatos, os desavergonhados, os preconceituosos e os dissimulados é o mesmo, sempre existiu e não vai mudar. As eleições municipais que se aproximam são uma boa oportunidade para começar a varrer do mapa este Brasil falso-moralista.

Das duas, uma: ou tiramos este Brasil do topo do poder ou restará somente a genuína vergonha deste país.

Dinheiro na cueca

Antes de concluir este artigo, vejo esta notícia fresquinha no UOL, que me causa zero surpresa: o vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14/10, em Boa Vista, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais. A investigação, sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares.

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