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Porque torço por Schwartsman

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Hélio Schwartsman publicou um artigo polêmico na Folha de S. Paulo denominado “Por que eu torço para que Bolsonaro morra”. Em síntese, avaliava que, em decorrência da confirmada infecção pelo coronavírus, se o presidente da República morresse, o País teria uma política mais rigorosa de combate à Covid-19 e poderia, segundo seu raciocínio, salvar mais vidas no Brasil. É um argumento infeliz? politizado? ridículo? Pode ser tudo isso junto, mas é um argumento, uma opinião. Não é crime. Schwartsman não disse que agiria de maneira a por em risco a vida de Jair Bolsonaro e nem incitou terceiros a fazerem isso. Ele revelou que teria uma alegria mórbida caso Jair não fosse salvo pela cloroquina.

A tese do jornalista foi considerada tão perigosa de um jeito que o ministro da Justiça, André Mendonça, mandou a Polícia Federal investigar o colunista da Folha. Quer enquadrar o cidadão na Lei de Segurança Nacional, pelo suposto crime de calúnia ou difamação do presidente da República ou outros chefes de Poderes, com pena de 1 a 4 anos de reclusão.

Em seu artigo, Schwartsman disse que Bolsonaro minimizou a pandemia e adotou medidas para sabotar. Mentiu? Bolsonaro disse que era uma gripezinha e desde sempre queria manter todos os setores funcionando. Mesmo assim, desejar que o presidente morra é uma lástima. Um defeito moral. Mas, o jornalista já disse que não está nem aí para o juízo de valor que queiram fazer dele. Mantenho meu entendimento de que o articulista não cometeu crime.

O jornalista americano Larry Rohter foi correspondente do jornal The New York Times no Brasil na época do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Escreveu certa vez que o petista gostava de tomar cachaça. Foi ameaçado de expulsão do País porque o Palácio do Planalto não gostou nada das mal traçadinhas linhas do gringo e chegou a anunciar a suspensão do visto de trabalho dele. Depois, a medida foi revista. Outra besteira. Todo mundo sabia que o ex-presidente gostava e deve gostar até hoje de bebidas alcóolicas. Infelizmente, achava bacana perseguir jornalista.

Larry e Schwartsman agiram jornalisticamente. Diferente de alguns que escrevem em blogs e até posam de jornalistas para fazer apologia ao crime, desejar o estupro de alguém, acusar sem provas, difamar ou por em prática o chamado “discurso de ódio”.

Quando ao ministro André Mendonça, talvez queira ser mais realista que o rei. Se ele prendesse Schwartsman, o que faria com Abraham Weintraub que defendeu a prisão dos “canalhas do STF”? Nada, certamente, porque o ex-ministro fazia parte da mesma corte que só ri quando a piada é interna.

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