O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, já realizou cinco trocas em superintendências da corporação nos estados desde que assumiu o cargo na última segunda-feira (4). As mudanças atingem a Paraíba. André Viana Andrade, superintendente da PF na Paraíba, foi escolhido pelo diretor-geral para comandar a Diretoria de Administração e Logística Policial (DLOG).
Além da Paraíba, as mudanças também atingem Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas e Tocantins. Os superintendentes da PF nesses estados foram escolhidos por Rolando de Souza para ocupar cargos de diretores na atual gestão.
A nomeação do novo superintendente da PF na Paraíba, que é escolhido pelo novo diretor geral, está sendo aguardada.
A assessoria da PF na Paraíba disse ao ParlamentoPB que André Viana Andrade ainda não foi desligado do cargo na Paraíba e que, caso saia a nomeação dele e o próximo, que vai responder pela PF no estado, não tenha sido nomeado, quem responde interinamente é o substituto.
Rolando de Souza foi escolhido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para comandar a PF após a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para a superintendência do Rio de Janeiro foi escolhido o delegado Tácio Muzzi, que substituirá Carlos Henrique Oliveira. ontem (5), Oliveira foi confirmado como o novo diretor-executivo da PF, o segundo cargo mais importante da corporação.
Apesar de ter ido para a diretoria-executiva, Oliveira deixará de estar na linha de frente das investigações da PF. Na prática, não foi uma promoção.
O diretor-executivo cuida de questões administrativas da PF e de áreas como: imigração, estrangeiros, registro de armas, controle de produção de substâncias químicas, portos e aeroportos.
A superintendência do Rio está no centro das acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estaria tentando interferir politicamente na PF.
Diretorias
Veja quem foram os escolhidos pelo diretor-geral para comandar as demais diretorias da Polícia Federal:
– Diretoria Executiva (DIREX) – Carlos Henrique Oliveira de Souza (ex-superintendente no Rio de Janeiro);
– Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) – Igor Romário de Paula (mantido no cargo);
– Diretoria de Inteligência Policial (DIP) – Alexandre Isbarrola (ex-superintendente no Rio Grande do Sul) ;
– Corregedoria-Geral de Polícia Federal (COGER) – João Vianey Xavier Filho (ex-superintendente em Alagoas);
– Diretoria de Administração e Logística Policial (DLOG) – André Viana Andrade (ex-superintendente na Paraíba);
– Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP) – Cecília Franco (ex-superintendente em Tocantins);
– Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação (DTI) – Willian Marcel Murad (mantido no cargo).
As diretorias Executiva, de Combate ao Crime Organizado e de Inteligência Policial são consideradas as mais importantes da corporação. Porém, entre elas, a diretoria ocupada por Carlos Oliveira trata principalmente de assuntos administrativos, sem participar diretamente de investigações.
A DICOR é considerada estratégica por abrigar o Serviço de Inquéritos Especais, responsável por medidas e investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). A Diretoria de Inteligência é importante por ter entre as tarefas a produção de relatórios, sigilosos, que abastecem as investigações.
O atual diretor-geral da PF decidiu manter dois diretores no cargo. Um deles é o delegado Igor Romário de Paula. Ele foi coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e assumiu a diretoria de combate ao crime organizado na gestão de Maurício Valeixo.
Rolando de Souza também manteve William Murad, diretor de Tecnologia e Informação. Ele foi indicado pelo então diretor-geral da PF Rogério Galloro, em 2018, e foi mantido por Maurício Valeixo.
ParlamentoPB com G1