Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Promotora que fez campanha para Bolsonaro se afasta do caso Marielle

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

A promotora do Ministério Público Carmem Eliza Bastos de Carvalho decidiu deixar de atuar na investigação das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Reportagem da VEJA mostrou que ela fez campanha para Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições de 2018 e postou uma imagem ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que quebrou uma placa com o nome de Marielle.

De acordo com o MP, ela pediu para deixar o caso após a repercussão das imagens de suas redes sociais. Em uma carta aberta, a promotora afirma que em 25 anos de carreira “jamais atuou sob qualquer influência política ou ideológica” e que a repercussão das suas postagens nas redes sociais alcançaram seu ambiente “familiar e de trabalho”.

“Nessa perspectiva, em razão das lamentáveis tentativas de macular minha atuação séria e imparcial, em verdadeira ofensiva de inspiração subalterna e flagrantemente ideológica, cujos reflexos negativos alcançam o meu ambiente familiar e de trabalho, optei, voluntariamente, por não mais atuar no Caso Marielle e Anderson”.

Carmem estava na coletiva do Ministério Público na quarta-feira 30, quando foi revelado que era falso o depoimento do porteiro que relacionou o presidente Jair Bolsonaro a morte de Marielle. À polícia, o porteiro afirmou que, no dia 14 de março de 2018, “seu Jair” autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra. Bolsonaro e Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos que mataram Marielle e Anderson, são vizinhos. De acordo com o MP, o porteiro falou com Ronnie Lessa e foi ele quem autorizou a entrada.

Carmem só passou a atuar no caso após os suspeitos se tornarem réus. “Sua designação foi definida por critérios técnicos, pela sua incontestável experiência e pela eficácia comprovada de sua atuação em julgamentos no Tribunal do Júri, motivos pelos quais Carmen Eliza vem sendo designada, recorrentemente, pela coordenação do GAECO/MPRJ para atuar em casos complexos”, diz trecho de nota do MP.

Um dos casos mais rumorosos em que Carmem atuou foi o do pedreiro Amarildo de Souza. Em 2013, ele foi torturado, morto e teve seu cadáver escondido por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, na Zona Sul do Rio. No episódio, ela fez parte do grupo que denunciou 25 PMs, inclusive o então comandante da UPP Rocinha, major Edson Santos. Em 2015, abriu e arquivou uma investigação sobre a participação de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais no crime.

 

 


Veja

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

arthur lira presidente camara FOTO lula marques agencia brasil

Arthur Lira defende proposta para limitar ações no STF

viatura pcpb FOTO Ascom PCPB__

Homem é preso suspeito de fazer filho refém em João Pessoa

Banco do Nordeste

Mais de 400 mil candidatos fazem provas do concurso do Banco do Nordeste neste domingo

preso FOTO Pixabay

Polícia Civil prende, em Patos, suspeito de matar ex-namorada em Cabedelo

mega sena FOTO marcello casal jr agencia brasil

Paraíba tem quase 20 apostas premiadas na Mega-Sena

_viatura pcpb FOTO Ascom PCPB

Polícia conclui inquérito sobre jovens encontrados mortos em estrada no Sertão da PB

incendio pousada em porto alegre

Prefeitura e polícia apuram caso de pousada incendiada em Porto Alegre

luizcoutofrente

Deputado Luiz Couto expressa preocupação com renúncia de defensores de direitos humanos na Paraíba

WhatsApp-Image-2020-12-16-at-10.52.03

Vicente Mariano, líder religioso do candomblé, morre aos 95 anos em Campina Grande

chuva FOTO Pixabay

Paraíba tem alerta de chuvas e ventos fortes para o Litoral, Agreste e Brejo