Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Deputados criam comissão multipartidária para ações em favor da barreira do Cabo Branco

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Sem a presença de um representante da Prefeitura de João Pessoa, apesar de convite recebido da Assembleia Legislativa, foi realizada na manhã desta quarta-feira (8) uma audiência pública para debater o problema da erosão da falésia do Cabo Branco, por sugestão do deputado Ricardo Barbosa em parceria com o deputado Wilson Filho. Não faltaram críticas a essa ausência. Para os autores da audiência, é mais uma prova de descaso da Prefeitura, que deixou de aplicar milhões de reais assegurados pelo governo federal “por falta de planejamento e gestão responsável”. Os deputados decidiram formar uma comissão multipartidária para ações concretas em favor da falésia.

A intenção da audiência foi dar um grito de alerta em relação à situação da área do ponto extremo-oriental das Américas, reunindo políticos, técnicos e autoridades ligadas ao meio ambiente. “A Prefeitura de João Pessoa, por descaso ou descuido, já perdeu recursos federais destinados à realização de serviços na barreira, inclusive verbas destinadas pelo ex-senador Wilson Santiago e pelo então deputado federal Wilson Filho. Levando em consideração que fora autorizado em dezembro de 2018 o empenho, pelo Ministério da Integração, no valor de 65 milhões de reais para execução de obras do projeto de contenção da barreira e, até a presente data, o Município não realizou nenhuma intervenção efetiva no local, devemos intensificar as diligências e providências efetivas e cobrar da edilidade para que aja, tempestivamente, evitando o aumento da erosão”, destacou Barbosa, que também é presidente da Frente Parlamentar de Proteção do Conjunto de Falésias do Cabo Branco à Ponta do Seixas.

Já o deputado Wilson Filho disse que recursos assegurados não faltaram. “O que falta é vontade e responsabilidade. Estados vizinhos sonhariam em ter em seu território o ponto mais oriental das Américas. A Paraíba está em livros de geografia do mundo todo. Mas, a cada dia, esse ponto é ameaçado, a situação está cada dia pior por falta de gestão eficiente da Prefeitura”.

O vereador Léo Bezerra (PSB), que participou representando a Câmara Municipal, disse que é muito difícil dialogar com essa gestão municipal. “Aquela área inteira está abandonada, a Estação Ciência está em situação lamentável e a Prefeitura se recusa a discutir o problema. O prefeito sequer visita a falésia”, criticou.

Para o vereador Bruno Farias, a prefeitura é a maior responsável pelas soluções sugeridas para conter o processo de erosão. “Para além do processo de erosão, preocupa-me a corrosão da vontade política. De que adianta ir ao ministério, solicitar recursos, se não houver ação da prefeitura? Temos que formar outra comissão com deputados e vereadores e conversar com o próprio prefeito”, propôs.

O deputado Branco Mendes disse que todas as manhãs vai à falésia com um grupo de caminhantes e se entristece com o avanço da erosão. “Temos que juntar forças, independentemente de cor partidária”, sugeriu, em consonância com o pronunciamento de Barbosa. O deputado Eduardo Carneiro também reforçou a necessidade de esforços conjuntos, assim como os deputados Bosco Carneiro e Dra. Paula.

Perigo iminente

Já Belarmino Barbosa, engenheiro PHD em Minas, se dispôs a dar sua contribuição técnica, inclusive com projetos que ele já elaborou para a área. Em 2009, lembrou o deputado Ricardo Barbosa, a projeção feita por estudiosos das Universidades Federais da Paraíba e Pernambuco afirmava que, em cerca de 20 anos, a Paraíba poderia perder o título de ponto mais oriental das Américas por conta da destruição causada pela erosão nas Falésias onde estão localizados o Farol e a Ponta do Seixas, caso nenhuma medida de contenção seja tomada para tentar desacelerar esse processo natural.

“O tema não é recente, mas as preocupações e os problemas perduram no tempo sem serem tomadas as devidas providências. A Prefeitura de João Pessoa, há tempos, apresentou um plano de ação que ao longo do tempo se mostrou lento, ineficaz e inexequível. Anunciaram estudos milionários, investimento de 5 milhões de reais em obras de drenagem, implantação de gabiões a partir do mês de abril de 2019, mas, para nossa tristeza, nada foi feito”, apontou, lembrando que o governador João Azevedo demonstra grande preocupação com o desmoronamento da barreira e já prometeu lutar pela sua revitalização”.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

Anteriores

ulissestermo

Ulisses Barbosa tem alta do hospital e agradece solidariedade

pracaintermares (1)

Prefeitura de Cabedelo revoga doação de terreno em Intermares a construtora

consunjreune

Unanimidade: Consuni aprova eleição de Terezinha e Mônica

Cagepa doa água para o RS

Cagepa vai doar 10 mil copos de água potável por semana para o Rio Grande do Sul

Prefeitura mapeia pontos de alagamento

Defesa Civil mapeia pontos de alagamento na capital

Karla Pimentel, Conde

Aprovados cobram que prefeita de Conde homologue resultado de concurso

João Azevêdo e alexandre padilha

João Azevêdo se reúne com Alexandre Padilha e apresenta obras no valor de R$ 2 bilhões

Chuvas, chuvas

Inmet emite alerta de chuvas intensas para municípios paraibanos

Acidente na Epitácio hoje

Trânsito na Epitácio é bloqueado parcialmente após acidente com motociclista

Prefeitura Municipal de Caaporã

Prefeitura de Caaporã terá que indenizar servidora por danos morais