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Comoção e revolta marcam enterro de trabalhador sem terra, em Mari

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Cerca de duas mil pessoas de várias cidades paraibanas, além de representantes do MST da Paraíba, Pernambuco e outros estados, participaram nesta segunda (10) do sepultamento do trabalhador rural sem terra, José Bernardo da Silva, assassinado sábado (8) no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra, litoral sul da Paraíba.

Depois dos funerais realizados na capela Nossa Senhora Aparecida, no assentamento Zumbi dos Palmares, em Mari, o cortejo conduziu o corpo até o cemitério que fica na zona urbana, a um quilômetro e meio do local do velório.

A missa de corpo presente do trabalhador José Bernardo da Silva, foi concelebrada por Frei Anastácio, juntamente com dois padres e o Bispo de Guarabira, Dom Aldemiro Sena dos Santos. Orlando, como era conhecido, foi assassinado brutalmente sábado, ao lado de Rodrigo Celestino, no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra.

Durante todos os funerais, que começaram no domingo, com presença do governador do Estado, Ricardo Coutinho, da presidente nacional do PT e senadora, Gleisi Hoffman e do deputado Frei Anastácio, houve muita manifestação de revolta, repúdio e pedido de justiça para o assassinato dos dois trabalhadores. O governador garantiu que a polícia está empenhada em identificar e prender os mandantes e executores do crime.

Frei Anastácio lembra que vem acompanhando a luta das 500 famílias que estão no acampamento Dom José Marias Pires, na fazenda Garapu, desde julho de 2017, quando começou a ocupação.  Segundo ele, a área tem mais de cinco mil hectares de terras sem nenhuma produção. “As famílias acampadas são dos municípios de Conde, Pitimbu, Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo e Goiana/PE. Elas se instalaram na área e já estão plantando feijão, macaxeira e outras culturas”, disse o deputado.

História da fazenda 

O deputado relata que em 1976, as terras foram desapropriadas pelo INCRA, na grande fazenda Mucatu, que tinha 10.200 hectares. Na época, o INCRA assentou 750 famílias, em cinco mil hectares. “O restante da terra não foi assumida pelas famílias. Dessa forma, a empresa Pernambucana de Celulose, João Santo, se apoderou da área para plantar bambu destinado à fabricação de papel. Mas, ninguém sabe como a empresa assumiu essas terras que foram desapropriadas para a reforma agrária. O INCRA precisa levantar toda essa situação burocrática, uma vez que famílias sem terra estão reivindicando a área”, disse o deputado.

O parlamentar relata que em 1976, as famílias assentadas foram distribuídas da seguinte forma em Pitimbu/Alhandra: assentamentos Mucatu e João Gomes, com 170 famílias, além de 130 em Andreza I e II; Em Mata de Chica, no Conde, 450 famílias. Nesses assentamentos, hoje vivem mais de 1.500 famílias, entre assentados e agregados, que são filhos, netos e genros.

“Com a criação do acampamento Garapu, as famílias querem que o INCRA faça a vistoria das terras para a criação de mais um assentamento da reforma agrária, uma vez que a área foi desapropriada desde 1976 para a reforma agrária e não para exploração industrial, como está ocorrendo”, disse.

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