Sob um atraente por do sol, a realização de um sonho, que, pela letra da lei, as partes assumem igualdade de direitos e deveres como: fidelidade recíproca; vida em comum no domicílio conjugal; mútua assistência; sustento, guarda e educação dos filhos e respeito e consideração mútuos. Foi assim que 28 casais realizaram o desejo de formalizar a convivência marital, em um casamento coletivo, com direito a solenidade civil, religiosa e a festa. Eles deram o “sim” diante da juíza Lua Yamaoka Mariz Maia Pitanga, familiares, amigos e autoridades, na tarde desta terça-feira (20), no Pavilhão do Chá, no Centro de João Pessoa. Depois, receberam as bênçãos da bispa Ana Lúcia Moreira e do bispo Edgar Moreira.
Chamados pelo nome, cada casal pode desfilar diante dos convidados e ocupar os seus lugares. A juíza Lua Yamaoka esclareceu que estava ali em nome do Estado e, por isso, precisava informar os direitos e deveres que cada casal assumiria naquele momento, como determina o artigo 1.566 do Código Civil, e que ela teria que ouvir o “sim” de cada nubente.
Logo após, foi a vez da bispa Ana Lúcia fazer uma pregação, exortando os noivos e noivas sobre a importância do momento em suas vidas que, diante de Deus, pediam uma bênção especial. Ela leu uma passagem bíblica e fez uma reflexão, terminando com uma oração conduzida pelo bispo Edgar Moreira.
O casamento comunitário foi uma promoção da Associação das Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba (Aemp), em parceria com o Tribunal de Justiça da Paraíba, Cartório Azevedo Bastos, Prefeitura Municipal de João Pessoa, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), e a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra.
A presidente da Aemp, Ana Lúcia Alencar Pereira, disse que o momento era muito importante para a entidade, porque estava proporcionando uma cerimônia que marcará a vida de 28 casais. “Para muitos, esse era um sonho impossível, pois nem todos têm condições de arcar com despesas de um casamento, com uma festa e documentação do Cartório. E nós estamos tornando esse sonho realidade”, declarou.
Ana Lúcia relatou que a parceria teve início quando a gerente de 1º Grau do Tribunal de Justiça, Maria dos Remédios Gonçalves dos Santos, procurou a Aemp para ver a possibilidade da entidade realizar o casamento coletivo. “Imediatamente, entrei em contato com o Cartório Azevedo Bastos, que aceitou a parceria. O TJPB, Sedurb e Igreja também encamparam a ideia.”.
O casal Luiz Venâncio e Maísa Oliveira contou que já estavam vivendo juntos há seis meses. Tinham o sonho de oficializar a união, mas ainda não sabiam como poderiam realizar, quando foram informados do casamento coletivo e aproveitaram para participar. “É uma oportunidade única que nos está sendo dada e estamos muito felizes por tornar oficial o nosso relacionamento de dois anos de namoro e seis de convivência sob o mesmo teto”, disse Maísa.
Já Francisco Anchieta e Sheila Andrade disseram que o casamento coletivo estava sendo uma bênção na vida deles, que desejavam casar no civil e no religioso. E que não podiam deixar a oportunidade passar. “Recebemos como uma bênção e com gratidão essa chance proporcionada pelo Tribunal de Justiça e pela Aemp. É a realização de um sonho e de um momento muito esperado por diversas famílias. A gente quer agradecer e que venham outras possibilidades para que outros casais também vivam esse momento mágico”, declarou Sheila.
O presidente do TJPB, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, ressaltou a importância da celebração matrimonial tanto no civil, quanto no religioso. “A boa convivência conjugal depende das bênçãos de Deus para que o casal permaneça unido e feliz”.
A oficial substituta do Cartório Azevedo Bastos, Érica Bastos, afirmou que o objetivo do Cartório nessa parceria com a Aemp era a regulamentação das famílias, através do casamento civil coletivo, levando felicidade para todos.
Coube à Sedurb disponibilizar o Pavilhão do Chá para a realização do casamento coletivo. O secretário de desenvolvimento urbano de João Pessoa, João da Silva Furtado, disse ficar feliz em participar de um momento tão importante na vida de várias famílias ali presentes.
“Essa é uma tarde muito bonita, onde vários casais estão começando uma vida entre si e o Pavilhão do Chá está emoldurando essa data importante para eles. A Sedurb e a Prefeitura ficam muito satisfeitas com um evento desse ser trazido para cá, porque foi com essa finalidade que o Pavilhão do Chá foi recuperado”, afirmou.
