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Bonifácio Rocha assume Prefeitura de Patos e anuncia demissão de servidores

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O vice-prefeito de Patos Bonifácio Rocha foi empossado na manhã desta quarta-feira (15) prefeito interino da cidade durante solenidade na Câmara Municipal. Bonifácio, que assume o cargo por conta do afastamento de Dinaldinho Wanderley, disse que alguns servidores e auxiliares serão exonerados. Ele disse que vai implantar um mandato com respeito as pessoas e com honestidade.

Durante entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan João Pessoa, logo no início da manhã de hoje, Bonifácio disse fará um levantamento da situação administrativa para tomar conhecimento de todos os atos da Prefeitura pois, afirmou, apesar de ocupar o cargo de vice-prefeito, não estava participando da gestão. Ele disse que não estava sendo informado de nada que acontecia na Prefeitura.

“Num momento desses tem que haver prudência. Vou analisar a gestão, tomar conhecimento, para então tomar algumas providências. É claro que alguém tem que ser exonerado, porque vou trabalhar com gente do meu perfil. Nossa formação política é completamente diferente, então, no tempo que eu ficar vamos imprimir na gestão um perfil próprio”, disse. Esse levantamento, acredita, deve ser feito em uma semana.

Bonifácio disse que pretende estreitar o relacionamento com os servidores municipais e com a sociedade. “Tenho o propósito de manter contato com os trabalhadores”, frisou.

Durante pronunciamento na Câmara, durante a posse, ele declarou que seu partido será o povo e que vai trabalhar por todos os patoenses.

Afastamento de Dinaldinho Wanderley

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou 13 investigados na ‘Operação Cidade Luz’, deflagrada no último dia 2, entre eles o prefeito do Município de Patos, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho. Os integrantes do grupo estão sendo processados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais. Um dos pedidos do MPPB foi o afastamento do prefeito, que foi determinado nesta terça-feira (14) pelo juiz convocado Carlos Eduardo Leite Lisboa, que está substituindo o desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, Carlos Martins Beltrão Filho.

A denúncia protocolada no Tribunal de Justiça da Paraíba tem mais de 200 páginas e detalha a atuação do esquema criminoso, que se dividia em quatro núcleos: político, econômico, setor de licitações e lavagem de capitais. Assinam o documento o procurador-geral de Justiça em substituição, Alcides Orlando de Moura Jansen; e os promotores de Justiça, Alberto Vinícius Cartaxo da Cunha, da Promotoria do Patrimônio Público de Patos, e Romualdo Tadeu de Araújo Dias e Rafael Lima Linhares, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado.

Enriquecimento da organização criminosa

A investigação mostrou que, em 10 meses, a organização criminosa obteve um enriquecimento ilícito de mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. O Ministério Público apurou que, no período anterior às eleições de 2016, o então candidato ‘Dinaldinho’ organizou um esquema criminoso para o recebimento de vantagens ilícitas pagas pelas empresas Enertec e Real Energy, com as quais a Prefeitura de Patos manteve contrato de iluminação pública, a partir do ano seguinte.

De acordo com a denúncia formalizada, o ‘núcleo político’ era formado pelo prefeito Dinaldo Medeiros Wanderley Filho, Múcio Sátyro Filho, Gustavo Guedes Wanderley, Felipe Moreira Cartaxo de Sá e Jardelson Pereira Medeiros.

O ‘núcleo econômico’ era integrado por Maurício Ricardo de Moraes, responsável pela Enertec; Alberto Cardoso Correia Rêgo Filho, responsável Pela Real Energy; Júlio César Simões Martins, da Scave Serviços de Engenharia e Locação; Anna Karla Maia Gondim, da Viaencosta Engenharia Ambiental; Ladjane de Vasconcelos Gonçalves Santos, da empresa Vasconcelos e Santos; Jorge Cavalcanti de Mendonça e Silva, da Servlight Gestão e Instalações Elétricas.

Alysson dos Santos Gomes atuava no terceiro núcleo: setor de licitações da Prefeitura de Patos. Já Fabio Henrique Silveira Nogueira, administrador da Motogas Indústria de Compressão e Comércio de Gás Natural – Mastergás era responsável pelo quarto núcleo: ‘de lavagem de capitais’.

Pedidos do MPPB

Na denúncia, o Ministério Público da Paraíba requer a condenação de cada um dos denunciados, especificando os crimes individuais cometidos por eles. Além disso, o MPPB requereu a suspensão da função pública do prefeito Dinaldo Wanderley e dos servidores públicos municipais, Felipe Moreira Cartaxo de Sá e Alysson dos Santos Gomes. Ainda foi reiterado o pedido de prisão preventiva de Múcio Satyro Filho.

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