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Jornal Correio da Paraíba circula com nova marca ao completar 65 anos

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O jornal Correio da Paraíba circula neste domingo, 5 de agosto, com uma nova marca. A mudança acontece no dia em que o impresso completa seus 65 anos de existência e uma campanha de mídia apresenta o layout como fruto de um tempo de transformações.

“O mundo muda, as pessoas mudam, as notícias mudam. As plataformas de informação se ampliaram. Acompanhando essas transformações, a marca do Correio da Paraíba também mudou. Mas, o que não muda nunca é o nosso compromisso de deixar os leitores bem informados seja na versão impressa ou digital”, diz o texto da peça publicitária.

História – Durante a Festa das Neves de 1953, quando a cidade de João Pessoa completava seu aniversário de 368 anos, Teotônio Neto, com a ajuda de Afonso Pereira, colocou em circulação o novíssimo Correio da Paraíba. “Correio” no sentido de correr toda a Paraíba, fazendo com que a notícia chegasse aos pontos mais distantes do Estado. A ideia de produzir um novo jornal para os paraibanos nasceu à borda de uma piscina de um hotel situado a aproximadamente 18 quilômetros de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Os parentes Teotônio Neto e Afonso Pereira cultivavam uma ótima relação e, partir de então, reforçariam ainda mais essa união.

“Tenho uma grande paixão pelo Correio da Paraíba, sou leitor também dos outros jornais, mas o Correio tem um lugar de destaque na minha mesa. Quando eu vejo o povo lendo o Correio, uma emoção muito grande me domina de satisfação e alegria. Fico feliz em saber que o Correio vem sendo sucesso na Paraíba”, declarou Teotônio Neto.

Uma das primeiras figuras procuradas por Teotônio Neto para elaborar o Correio da Paraíba foi o escritor Ascendino Leite. Ele hesitou no começo, mas depois abraçou a causa por causa da insistência de Teotônio. Para que o projeto pudesse sair do papel, Ascendino pediu ao jornalista paulista Samuel Wainer uma indicação de diagramador para desenvolver o projeto gráfico. Ao ligar para o colega, Wainer disse: “Só tem aqui o Nássara”.

A primeira manchete do jornal, que dizia “Luto e silêncio na cidade serrana” noticiou a morte do político e jornalista Félix Araújo, em Campina Grande. Conforme noticiou a reportagem, 50 mil pessoas participaram do velório do paraibano, que nasceu em Cabaceiras, mas ganhou notoriedade na Rainha da Borborema.

Nos dias seguintes, jornais da época comentaram o aparecimento do Correio da Paraíba: ‘O Norte’ e ‘A União’ dedicaram artigos sobre o novo periódico. No Rio de Janeiro, também recebeu homenagens do Diário Carioca. Em Pernambuco, também foi repercutido pelo Diário de Pernambuco.

Ao longo da história do jornal, o time da redação foi composto por profissionais notáveis, como Biu Ramos, Gonzaga Rodrigues, Soares Madruga, Dorgival Terceiro Neto (ex-governador e ex-prefeito de João Pessoa), Luiz Augusto Crispim, Luiz Ferreira, Carlos Roberto de Oliveira, João Manoel de Carvalho, Agnaldo Almeida, Dulcídio Moreira, entre outros.

Um dos repórteres que marcaram época na redação do Correio da Paraíba foi Severino Ramos (mais conhecido como Biu Ramos). Logo de cara, em 1954, o jornalista de 16 anos entrou na redação pela primeira vez em um dia bastante conturbado. Em 24 de agosto daquele ano, morria o presidente Getúlio Vargas e a redação, na Rua Barão do Triunfo, estava agitada como nunca. Aquele fato parecia ser apenas um prenúncio de como não seria nada monótona a carreira daquele jovem repórter.

Biu Ramos construiu boa parte de sua carreira na redação do Correio da Paraíba e, para ele, o jornal garantiu uma nova dinâmica à imprensa paraibana. “Para falar a verdade, e sem nenhum demérito para os demais jornais daquela época, o Correio da Paraíba, a rigor, não tinha concorrente. Era um jornal novo, com uma proposta nova, com uma mensagem de renovação, revolucionária mesmo, da imprensa paraibana”, lembrou.

O fundador

Teotônio Neto – A trajetória deste empreendedor de Santana dos Garrotes (PB) nascido em 1918 é uma das razões de todo prestígio que o Correio da Paraíba desfruta hoje. Começou a vida profissional muito cedo como balconista de loja, depois foi gerente, e em 1944 fundou sua primeira firma. Nos anos 1960, já na atividade política, fundou a Cooperativa Mista do Vale do Piancó, demonstrando a diversidade de interesses e se consolidou enquanto representante, na Câmara dos Deputados, dos interesses econômicos da Paraíba, atuando em defesa do desenvolvimento. Teotônio estudou administração nos Estados Unidos e foi diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde vive atualmente aos 99 anos. Completará seu centenário em 28 de novembro.

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