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Abertura da Copa 2018 chama atenção por embate geopolítico

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A Copa do Mundo começa nesta quinta-feira, com o jogo da seleção que sedia o Campeonato. Às 12h do horário de Brasília, a Rússia enfrenta a seleção da Arábia Saudita, em um jogo que parece ser mais interessante geopoliticamente do que tecnicamente. A chave é completada por Uruguai e Egito.

O jornal britânico Financial Times chegou a publicar ontem uma reportagem questionando se esse seria o pior jogo da história das copas. Pelo ranking da Fifa (Federação Internacional de Futebol), a partida é realmente sofrível: os sauditas ocupam a 67ª posição, e os russos, a 70ª, a pior dentre as seleções da Copa.

Os russos também não se apresentaram bem em outros campeonatos: na Eurocopa de 2016, o time empatou com a Inglaterra, perdeu para Eslováquia e País de Gales, ficou em último no grupo e teve a segunda pior campanha de todo o torneio. De lá pra cá, acumula oito meses sem vitória. Do outro lado do campo está a seleção saudita, que não jogo o mundial há 12 anos, e que considera “um sonho” passar da fase de grupos.

Os embates geopolíticos entre os países são cada vez mais interessantes. De um lado, está a  Rússia de Vladimir Putin, que mantém sua influência política em diversos países do Oriente Médio. De outro está a rica Arábia Saudita, controlada pelo príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que tenta ocupar uma importância política na região, para além de suas riquezas. Os russos são os maiores apoiadores do Irã; os sauditas, seus maiores inimigos.

A relação dos países ficou ainda mais instável após a guerra civil na Síria, em 2011. Os governos da Rússia e do Irã (de maioria xiita) passaram a apoiar o governo sírio de Bashar al Assad ao mesmo tempo em que a Arábia Saudita (de maioria da corrente islâmica sunita) passou a apoiar os grupos rebeldes sírios. O Irã e a Arábia Saudita também entraram em conflito na guerra civil do Iêmen. Por essas e outras e com o apoio russo ao Irã, as relações com os sauditas ficaram estremecidas.

Rússia e Arábia saudita são os maiores influenciadores no controle de preços do combustível no planeta. Há, portanto, muito a ser discutido, apesar das divisões. O príncipe Salman pretende viajar à Rússia para se encontrar com Putin e discutir o acordo global sobre cortes na produção de petróleo firmado pela Opep e que impulsionou os preços do produto em 40% desde o ano passado. O acordo expira no fim deste ano. No entanto, riscos geopolíticos que ameaçam a oferta do Irã e da Venezuela, ambos membros da Opep, fizeram com que a Rússia e a Arábia Saudita começassem a discutir o fim do acordo antes mesmo de seu vencimento.

Em campo, análise estatística da consultoria LCA prevê que o fator casa dê impulso aos russos, que têm 5,85% de chances de chegar às semi-finais. Os sauditas têm apenas 0,01% de ir tão longe.

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