O Palácio da Redenção coordenou a convocação e a própria reunião do governador Ricardo Coutinho com representantes das classes empresariais do Estado, realizada na manhã da terça feira (29 de maio), cuja pauta especial foi a de busca de caminhos para amenização dos efeitos já produzidos pela crise de abastecimento na Paraíba. Esta crise, claro, não corresponde só à falta de combustíveis, não! Tem dimensão maior, porquanto atinge ao setor de saúde com a falta de medicamentos. Atinge as centrais de abastecimento e supermercados. Já faz faltar até comida para muitas pessoas.
A crise é nacional, todos sabemos. E sabemos também que é decorrente da mobilização dos caminhoneiros que praticamente fez parar o país. Esta mobilização, entretanto, até enquanto elaborávamos estes escritos, ainda persistia, embora não mais com a força com que se iniciou e quando quase 100% da população aprovavam-na. Agora, não mais, vez que o objetivo inicial da mobilização, que era o de diminuir o preço do diesel, foi conseguido. Daí, a própria população perguntar-se: – e agora, o que mais se pleiteia? Deseja-se a bancorrota do país?! Seria mobilização de quem está no time do “quanto pior, melhor”?!
Presentes à reunião, os representantes de entidades como Fiep, Fecomércio, Abrasel, ABIH, dentre outras, após uma avaliação quanto aos imensos prejuízos já sofridos, nestes dias, pelos respectivos setores e em que só o segmento industrial já está paralisado em 45% de sua capacidade, manifestaram-se não só preocupados com o desencaminhamento de mobilizações em princípio democráticas, mas, especialmente, advertindo a todos para o fato de que “a construção das bases de qualquer economia leva tempo e é difícil; a desconstrução é fácil e rápida; basta faltar bom senso e real patriotismo”.
