O corpo do fundador e ex-integrante da banda paraibana Cabruêra, Zé Guilherme, que morreu na tarde de ontem (10), em Alhandra, vítima de um infarto fulminante, será velado nesta sexta-feira (11) no Espaço Cultural, a partir do meio-dia.
Músicos, amigos, fãs e familiares vão prestar suas últimas homenagens a Zé Guilherme. Haverá um microfone e uma caixa de som disponível para quem quiser cantar, tocar e homenagear o músico. A homenagem foi organizada por integrantes do Movimento Sem Terras (MST). O músico fazia parte de uma banda do MST em um acampamento.
“Gostaríamos de contar com todos os artistas e demais pessoas que quiserem participar de uma justa homenagem ao amigo, músico, ator e lutador Zé Guilherme lá no Espaço Cultural. Teremos um microfone e uma caixa de som disponível, muito carinho e boas energias para nós despedimos fisicamente dessa figura que faz parte dos hall dos grandes nomes da música paraibana”, disse Regina Negreiros, pesquisadora da cultura nordestina e da música brasileira.
Em uma homenagem a Zé Guilherme, Regina relembrou um pouco de sua trajetória. Confira abaixo:
“Eu conheci Zé em 1999 na praça Antenor Navarro, na loja da Furtacor que funcionava lá naquela época. Cabruêra tava começando e junto tinha as Parêa, as Bastianas, Pau de Dar em Doido… Era uma cena cultural em ebulição e Zé fazia parte dessa cena! Nós nos encontramos em shows no centro histórico, na UFPB, nas calouradas da época que tinham esse toque de música alternativa. Achava Zé naquela época uma figura exótica, mas super do bem, com uma energia massa! Em 2001 ele participou do primeiro CD das Bastianas e passou uns dias conosco em São Paulo, conversamos muito, rimos muito… E ele recitou no Cd Chama Pra Dançar a música “Zé Limeira.com” de autoria de Jaqueline Alves. “Eu me chamo Zé limeira da Paraíba falada Cantada nas escrituras, saudadndo o pai da coaiada. Comigo não tem perrepis.Eu me chamo zé limeira, cantador de sabedorias. Peço licença primeiro Pra cantar filosomia”
Zé saiu da cabruêra algum tempo depois mas já tinha entrado pra história da música paraibana!
Zé, meu amigo, siga em paz!”
Regina Negreiros