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Citado em denúncia do MP, Vitor Hugo explica reunião com “porta-voz” de Leto Viana

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O prefeito interino de Cabedelo, Vitor Hugo, é citado na denúncia feita ontem (8) pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que denunciou 26 pessoas por integrarem uma organização criminosa , desvelada pela Operação Xeque-mate, deflagrada em abril passado.

A denúncia traz o relato de uma reunião realizada no dia 3 de abril, no Restaurante Picuí, em Intermares, e que, segundo a denúncia do MP, foi coordenado por Vitor Hugo e pelo emissário do prefeito afastado Leto Viana, o então secretário de comunicação do município, Fabrício Magno. Em nota emitida nesta quarta-feira (9), Vitor Hugo nega que a reunião envolvendo suplentes e vereadores tenha sido organizada ou comandada por Leto Viana.

O Ministério Público, entretanto, diz o contrário. “O que mais impressionou, ao ensejo da operação Xeque-Mate, foi sem dúvida alguma, a total falta de temor dos integrantes da Orcrim com a ação do Estado e a ausência de qualquer compromisso dos mesmos com o espírito público derivado de seus cargos, pois, no mesmo dia (3 de abril) em que eram cumpridos 11 mandados de prisão, 02 deles direcionados ao Chefe do Executivo (o prefeito Leto Viana) e o outro ao presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores (Lúcio José do Nascimento Araújo), parte do grupo político, cumprindo ordens de Leto Viana, emanadas de dentro da prisão e recepcionadas por seu “porta-voz, Fabrício Magno Marques de Melo Silva, planejava a continuação do modelo administrativo de gestão fraudulenta inaugurado em 2013 (com a renúncia de Luceninha), desta feita com a nova composiçaõ da Mesa Diretora da Câmara Municipal, quando se prospectou aos indicados de Leto, a cadeira do chefe do Executivo ao vereador Vitor Hugo (seu amigo) e da presidência da Câmara à vereadora Geusa”, diz trecho da denúncia.

Participaram do encontro, “orquestrado, ainda que a distancia, por Leto Viana, através do seu principal emissário, Fabrício Magno”, segundo a denúncia do MP, o então vereador e atual prefeito interino Vitor Hugo; Reinaldo Barbosa de Lima (Rey); Valdi Silva Moreira (Valdi Tartaruga), suplente de vereador que assumiu uma das vagas dos afastados; Daniella Dornellas (esposa de Vitor Hugo; a vereadora Geusa Dornelas, que assumiu a presidência da Câmara, acompanhada do esposo Arthur; Fabrício Magno Marques de Melo Silva (então secretário de comunicação e enviado de Leto Viana); Janderson Brito (suplente de vereador, acompanhado de Severino Cristiano da Silva, este indicado como assessor fantasma do vereador afastado Josué Goés; Aprígio Lima (tio de Janderson Brito) e José Francisco Pereira, o “Pereirinha” (suplente de vereador).

“Diante de tal cenário, o atual prefeito, Vitor Hugo, e a atual presidente da Câmara, Geusa, teriam sido guindados aos seus respectivos postos por uma determinação de Leto Viana emitida a partir do cárcere”, diz a denúncia.

No entanto, consta na denúncia do MP, até o momento, não se tem evidências de que Vitor Hugo e Geusa estejam seguindo os mandamentos de Leto Viana após o ingresso nos cargos públicos, o que poderá ser aclarado com o avanço investigativo.

Na manhã do dia seguinte após a reunião, 4 de abril, o denunciado Fabrício Magno fez diversas ligações para quase todas as pessoas contatadas na noite anterior, participantes da reunião. “E foi, nesse dia, que se formou a mesa diretora da Câmara Municipal e, por conseguinte, a escolha dos chefes do Executivo e Legislativo de Cabedelo, dentro, pois, do mesmo esquema de gestão administrativa imposto pelo denunciado Leto Viana, que, mesmo depois de afastado do cargo e custodiado, de fato, influenciou na nova composição dos poderes do município de Cabedelo”, destaca o Ministério Público.

Confira íntegra da nota de Vitor Hugo

NOTA

O Prefeito em exercício de Cabedelo, Vítor Hugo, reitera que a reunião envolvendo suplentes e vereadores ocorrida em um restaurante após a deflagração da Operação Xeque Mate não fora organizada ou comandada por Leto Viana.

A iniciativa partiu do próprio Vítor Hugo, que, preocupado com os rumos da cidade, sabia que precisava da união dos parlamentares cabedelenses.

Assim como esclarecido para as autoridades competentes previamente, a participação de Fabrício Magno se limitou ao auxílio nos contatos dos suplentes.

É importante lembrar que o próprio Ministério Público afirma categoricamente que não há indícios de qualquer influência ou participação do prefeito afastado na atual gestão municipal.

A exoneração de 487 servidores indicados por Leto Viana, incluindo a do próprio Fabrício Magno e a grande maioria dos secretários municipais, foi o primeiro ato de Vítor Hugo à frente da Prefeitura, reforçando a sua independência e autonomia que o presente momento exige, assim como o seu compromisso com a probidade na gestão da administração municipal.

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