Intervenção descartada e o apoio à pré-candidatura do governador José Maranhão (PMDB) mantido. Foi o que declarou o vice-presidente nacional do Partido Social Liberal (PSL), Gilvan Pontaleão. Como forma de dirimir qualquer dúvida no que se refere ao apoio, o coordenador de campanha do PSL nos estados se reuniu com Maranhão hoje em João Pessoa.
“A reunião foi a esperada. A decisão (de apoiar Maranhão) estava nas mãos de Tião (Gomes) e eu vou só homologar. Tião tomou a decisão e o PSL não pode ficar contra a decisão estadual”, afirmou Gilvan Pontaleão. Ao sair do encontro com o governador Maranhão, o vice-presidente nacional ainda brincou: “Não posso votar no governador, mas vou torcer pela sua vitória”.
Ele chegou a confirmar o assédio de outros partidos junto a direção nacional para um redirecionamento no apoio. Disse ainda ser constante a procura por parte de algumas “peças” políticas, mas foi taxativo ao dizer que a decisão está mesmo nas mãos do presidente estadual do PSL, ex-deputado Tião Gomes.
“Nem precisava eu estar aqui, perdendo tempo. Nosso partido não é um partido de aluguel. Muitos, quando ligam para a Nacional, estão achando que é. Mas, o tempo vai reafirmar tudo isso”. Gilvan Pontaleão mandou o recado: “O PSL é do tamanho do Brasil, não cabe na palma da mão. Se tiver alguma palma de mão que caiba o Brasil, vai caber o PSL”.
Ao ser perguntado sobre uma suposta intervenção da direção nacional na Paraíba, o vice-presidente respondeu que “com certeza” está descartada. Ele disse esperar que o governador José Maranhão apóie os pré-candidatos a deputados do partido. Descartou ainda qualquer intervenção de “fora” no partido, a exemplo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.
“Se eu disser que nós não somos procurados, estaria mentindo. Vamos ouvir todo mundo. Não seríamos mal educados a ponto de não atender ao telefone. Agora, entre fazer intervenção, prejudicar o nosso partido pelo interesse de algo localizado, de maneira nenhuma. Eu sou PSL”, disse o vice-presidente nacional do PSL.
O presidente estadual do PSL, ex-deputado Tião Gomes afirmou que o encontro desta terça-feira serviu para solidificar o apoio da legenda ao PMDB e ao projeto de reeleição do governador José Maranhão. “A reunião serviu para mostrar a Paraíba que o PSL é um partido sério, que veio para ficar. Nós não nos vendemos. O PSL está sólido e o vice-presidente veio aqui para fortalecer nossas posições”.
Tião Gomes ainda mandou um recado aos filiados: os pré-candidatos a deputados estaduais, a exemplo de Nadja Palitot e Aníbal Marcolino, e federais terão legenda para disputar os cargos nas eleições deste ano. E voltou a repetir: “O PSL se manterá ao lado do governador Maranhão”.
O partido, explicou o presidente estadual, vai discutir agora a participação na chapa majoritária com a indicação de Francisco Barreto para uma primeira suplência. “Mas isso não é uma imposição, nem condição para o apoio”, deixou claro. O partido ainda defende a tese da permanência de Luciano Cartaxo na vaga de vice-governador.
Para o professor Francisco Barreto, o encontro desta terça-feira foi positivo já que a direção do partido claro qual o posicionamento a ser adotado nas eleições deste ano. “Há uma série de pontos que ficaram nebulosos e que nos preocupavam, já que nós somos um partido que faz oposição à Prefeitura de João Pessoa”, explicou.
Ele afirmou ter conhecimento de que havia um conjunto de pressões no sentido de “desmantelar” o partido. “Isso poderia gerar uma situação catastrófica, inclusive zerar as candidaturas e aniquilar o partido”, ressaltou Barreto. Ele reiterou que o partido é oposição e solidário à pré-candidatura de Maranhão.
Presente ao encontro desta terça-feira, a deputada estadual Nadja Palitot, seguindo a linha de Francisco Barreto, afirmou que a informação veiculada de uma suposta intervenção e da negativa de legenda para os pré-candidatos a deputado estadual, foi uma tentativa de manobra dentro do PSL.
“Não conseguiram. Está mais do que provado que o PSL veio para ficar, tem substância. Estamos apoiando o governador José Maranhão e o PSL não se submete a essas manobras. Tanto que o vice-presidente Gilvan Pontaleão aqui esteve na presença do governador para garantir nossa postura dentro desse projeto”, afirmou.
O suplente de deputado estadual Aníbal Marcolino, após sair do encontro, afirmou que a decisão de apoio ao governador Maranhão é unânime e não é de hoje e que o partido está unido. Ele informou que todas as reuniões em que se discutiu o apoio à reeleição, o vice-presidente nacional esteve presente e ciente da decisão tomada.