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Vacina contra a insanidade pós-eleitoral

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Finalmente, ontem à tarde, o presidente da República se pronunciou sobre o resultado das eleições. Quase dois dias depois de anunciada a vitória de Lula, o chefe da nação dedicou dois minutos e meio ao seu pronunciamento e não respondeu nenhuma pergunta da imprensa.

Bolsonaro falou superficialmente sobre os bloqueios de rodovias que têm acontecido em algumas partes do país, mas não repreendeu seus eleitores por causarem prejuízos ao trânsito. Ao contrário, disse que era o sentimento de revolta com a injustiça das urnas que levava os manifestantes aos protestos. A que injustiça ele se referiu? é derrota é uma injustiça?

Depois, disse que os eleitores de direita não devem repetir os métodos da esquerda que sempre prejudicaram a população e aí sim, criticou quem atrapalha o direito de ir e vir.

O presidente não reconheceu o resultado da eleição e apenas disse que iria respeitar a Constituição.

Depois que ele deixou o púlpito, foi a vez do ministro Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil dizer que foi autorizado pelo chefe do Executivo a iniciar o processo de transição, quando o governo for provocado pela chapa vencedora, conforme diz a lei.

Apesar de Bolsonaro não chancelar diretamente os atos antidemocráticos que tomaram as rodovias do país, os manifestantes permaneceram em seus protestos. Aqui em João Pessoa, um carro com adesivo de Lula foi alvo de vandalismo por parte dos bolsonaristas que estavam em frente ao grupamento de engenharia.

Ontem à tarde, o governador João Azevedo autorizou a polícia militar a agir para desobstruir estradas, caso os protestos sejam repetidos. Uma reunião criou um comitê de crise integrado Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPPB) e Exército Brasileiro (EB); Advocacia-Geral da União (AGU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF); Secretaria do Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds); os comandos da Polícia Militar (PM), do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Delegacia-Geral de Polícia Civil (PC) e da Superintendência de Trânsito de João Pessoa (STtrans); Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob) e Segurança Urbana e Cidadania da capital (Semusb).

A partir da reunião, o MPF requereu à PRF que, além do desbloqueio das rodovias federais, identifique as pessoas envolvidas, sobretudo, os veículos utilizados, e envie os dados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ficou acordado que a Polícia Federal também vai apurar criminalmente possíveis atos e manifestações.

Quando houver elementos mínimos da ocorrência de crimes durante os atos antidemocráticos que têm sido realizados na Paraíba desde esta segunda-feira, 31, as forças policiais conduzirão os manifestantes às delegacias de polícia. Crimes praticados em grupos de WhatsApp também serão encaminhados aos órgãos para apuração. As definições foram acertadas em uma reunião na tarde desta terça-feira (1º) envolvendo diversos órgãos preocupados com a manutenção da ordem em território paraibano, diante das tentativas de fechamento das rodovias federais e obstrução de espaços públicos na Paraíba. Na oportunidade, foi criado um comitê de crise com a participação de todos os órgãos representados. As forças de Segurança Pública já receberam autorização do governador João Azevedo para desobstrução das rodovias e espaços públicos do estado, se necessário, conforme determinação do Superior Tribunal Federal (STF).

As autoridades estao certas em agir para estancar estes focos de crise. Ontem, em São Paulo, o MTST chegou a ameaçar ir para as ruas retirar os bolsonaristas que reclamavam do resultado das eleições. Esse conflito é desnecessário e poderia gerar mais instabilidade e violência entre os civis. É tudo que não precisamos.

A eleição passou. Não houve fraude nem anormalidade. Foi uma eleição como outra qualquer. Estar chateado, irritado com o resultado é normal, mas interditar ruas ou BRs por causa disso, é crime. Primeiro porque atenta contra a democracia, depois porque impede o direito de ir e vir, aquele que era tão defendido pelos mesmos bolsonaristas quando eram impostas na pandemia medidas restritivas para preservar a saúde da maioria.

Em meio a essa balbúrdia, ontem, um grupo comemorou em Porto Alegre a suposta prisão do ministro Alexandre de Moraes. O video com bolsonaristas chorando, se abraçando e gritando de alegria viralizou. Só que a prisão nunca aconteceu. A histeria foi gerada por fake news.

Agora, estamos lidando com o vírus da agressividade e da insanidade. Contra esses, não tem vacina.

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