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Trabalhadores e autoridades lembram 49 anos da morte de João Pedro Teixeira

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 Cerca de 500 pessoas, entre trabalhadores, professores, líder sindicais, trabalhadores rurais, políticos e representantes dos movimentos sociais ligados ao campo, a exemplo de Comissão Pastoral da Terra e MST, participaram das atividades que marcaram, neste sábado (2), os 49 anos de morte do líder camponês, João Pedro Teixeira, assassinado numa emboscada no dia 2 de abril de 1962, em Sapé. 

 
“Meu marido, antes de sair da casa todos os dias, dizia que iria ser assassinado e queria que eu continuasse com a luta dele em defesa da reforma agrária”, disse Elisabeth Teixeira, viúva de João Pedro, durante as manifestações que marcaram o aniversário de morte do marido.
 
Ela fez um relato emocionante sobre todo sofrimento que passou depois de morte do marido. Disse que foi presa várias vezes, teve que sair da Paraíba e viver de forma clandestina e ainda teve dois filhos assassinados e uma filha que se suicidou durante uma ação da polícia. “Minha Filha, ao ouvir o grande número de tiros que a polícia disparou ao redor de nossa casa, se matou temendo ser morta,ou assistir eu sendo assassinada. Mesmo passando por todo esse sofrimento, eu sobrevivi,estou com 86 anos. Deus permitiu que eu vivesse para levar avante a luta do meu marido”, disse a viúva.
 
As atividades foram marcadas por uma caminhada até a casa onde João Pedro Teixeira morou com a família, na fazenda Barra de Antas e depois uma encenação teatral, na capela local, sobre a vida de João Pedro Teixeira e Elizabeth
 
Memorial João Pedro Teixeira
 
“A morte de João Pedro Teixeira, há 49 anos, foi uma semente plantada na terra que germinou, cresceu e deu fruto”. Esta afirmação foi feita pelo deputado Estadual Frei Anastácio (PT), durante as atividades realizadas. Ele também lembrou que a Prefeitura de Sapé já deu início a um processo que irá culminar com a desapropriação de uma área de cinco hectares, ao redor da casa onde João Pedro morou até o dia de sua morte.
 
Segundo Frei Anastácio, a casa e a área já foram decretadas de interesse público pela Prefeitura de Sapé. “O próximo passo será a desapropriação. Esse segundo passo vai depender de uma autorização da Câmara de Vereadores do município. Eu tenho plena certeza de que os vereadores ao irão criar dificuldade para uma causa tão justa”, disse o parlamentar. A casa será transformada no memorial João Pedro Teixeira para guardar a história das ligas camponesas, além de servir e centro de treinamento para trabalhadores. 
 
Durante as atividades, um dois fatos que marcaram a data foi o reencontro de Elizabeth Teixeira com o irmão, Eudes Justino da Costa, de 79 anos. Os dois não se viam há 20 anos, apesar de Justino morar na zona rural de Sapé e Elizabeth habitar em João Pessoa. Outro ponto marcante foi o pedido de Juliana Teixeira, neta de João Pedro, para que a memória do avô seja preservada com a criação do memorial.
 

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