A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba fez hoje de manhã uma manifestação no Banco Real, Agência Tambaú, para denunciar o assédio moral praticado contra os funcionários pelo gerente geral Marcos Nogueira.
Durante o protesto, Marcos Henriques, presidente do SEEB – PB apresentou a cartilha “Assédio Moral é ilegal e imoral” aos clientes que aguardavam atendimento, explicando os malefícios dessa prática contra os trabalhadores e denunciou o primeiro gestor daquela dependência. “Marcos Nogueira, gerente geral desta agência adota uma postura nada condizente para quem administra pessoas. Ele grita com os funcionários na frente dos clientes, nega férias e vive ameaçando os colegas até por motivos fúteis, para satisfazer o seu ego”, denunciou.
O presidente do sindicato informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desde que aqui chegou, vindo do vizinho estado de Pernambuco, o gerente "vive infernizando a vida dos funcionários da Agência Tambaú, além de não ter nenhum senso do que seja ética. A funcionária Samara, que trabalhava na Agência Cruz das Armas e estava prestes a ser promovida foi sumariamente transferida para Tambaú, sem nenhuma promoção; enquanto isso, a sua vaga foi ocupada pela esposa do Sr. Marcos Nogueira, que foi promovida com menos de dois anos de banco".
“Além de assediar moralmente os funcionários, esse senhor pratica o nepotismo no ambiente de trabalho; e o que é ainda mais grave, com a conivência da superintendência. Talvez seja por isso que anda dizendo aos quatro cantos que não tem medo do Sindicato”, denuncia Genário Lima, diretor do Sindicato e funcionário do Banco Real. Os colegas de banco e companheiros de luta sindical Bertolúcia Mariz e Sivaldo Torres engrossam o coro em defesa do Sindicato, ao afirmarem que “não interessa ao Sindicato o medo de nenhum trabalhador de sua base, quer seja comissionado ou não; à Entidade que luta em defesa de toda a categoria bancária, interessa apenas e tão somente o respeito”.
Segurança – Os administradores do Banco Real estão passando por momento tenso por conta dos seqüestros seguidos de assaltos que vem ocorrendo ultimamente na Paraíba. As conseqüências são os traumas sofridos por funcionários e seus familiares, que não receberam o devido acompanhamento psicológico, nem assistência por parte do Banco, que se recusa até a emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.
Por conta dessa onda de sequestros e assaltos, apenas o diretor e o superintendente estadual têm o privilégio de receber segurança pessoal paga pelo banco, enquanto os demais funcionários têm que pagar sua própria segurança. “Isso é um absurdo, pois toda essa violência é decorrente da atividades exercida pelo bancário, que trabalha com dinheiro. Portanto, sua segurança deve ser garantida pela instituição financeira”, conclui Marcos Henriques.
Visando coibir as investidas de assaltantes e seqüestradores, o Sindicato dos Bancários protocolou ofício na Procuradoria Regional do Trabalho da 13ª Região, se colocando à disposição do órgão e solicitando uma audiência com os bancos e os agentes de segurança pública no Estado, para se discutir ações de segurança bancária.
Enquanto aguarda o pronunciamento desse órgão, o Sindicato vai continuar denunciando a insegurança, a falta de assistência aos bancários vítimas de assaltos e sequestro, bem como a prática de assédio moral. “Caso o banco não tome providências em tempo hábil, o Sindicato vai intensificar suas ações, inclusive com paralisação de agências”, ameaça Marcos Henriques.