Profissionais capacitados, ampliação das vagas para estudantes e melhoria na qualidade da merenda foram ações citadas pelo deputado federal Ruy Carneiro para solucionar graves problemas na educação de João Pessoa. De acordo com dados do IBGE, a cidade foi a capital do Brasil com a maior taxa de analfabetismo entre todas as regiões metropolitanas do país, com 7,6%.
O mutirão proposto pelo parlamentar tem o objetivo de combater a falta de compromisso da gestão municipal com o atual formato no sistema de ensino.
“Educação transforma vidas e dá dignidade as pessoas. É preciso tratar o tema como prioridade. João Pessoa necessita de profissionais capacitados para acabar com essa farra de familiares do prefeito na gestão. A atual secretária de educação é cunhada do prefeito, assim como acontece com a filha na secretaria de saúde. Enquanto esses laços forem mais importantes do que a vida da população, o cenário vai permanecer nesse caos em que se encontra”, condenou Ruy.
Escolas fechadas, falta de vagas para alunos, merenda de péssima qualidade e estruturas precárias foram alguns dos problemas citados pelo parlamentar ao criticar o atual cenário no município.
“Os péssimos indicadores da educação apenas confirmam o que tenho denunciado nos últimos anos. É uma gestão atrasada, que não construiu nenhuma escola, não criou novas creches, tem sido cobrada pelo Ministério da Educação por conta da péssima qualidade das merendas. Recentemente, estive no Distrito Industrial e vi de perto essa realidade. Assim como em outros bairros, a única unidade de ensino da região está fechada e mais de 200 estudantes estão sem às aulas e sem previsão de retorno”, condenou Ruy.
Os números do Pnad mostram que João Pessoa e as demais cidades da Região Metropolitana possuem cerca de 80 mil pessoas analfabetas. A taxa de analfabetismo é maior entre os homens, com 8,1%. Já as mulheres representam 7,1%.
A pesquisa também mostrou que a Paraíba possui o terceiro maior de índice de analfabetismo do país, entre as pessoas de 15 anos de idade ou mais. A média do estado (13,2%) foi mais do que o dobro do país (5,4%) e também ficou acima do percentual do Nordeste (11,2%). Apenas Alagoas (14,2%) e Piauí (13,3%) registraram números mais elevados.
