Ninguém sabe ao certo se o General Charles de Gaulle efetivamente disse que o Brasil não era um país sério. Fato é que a máxima, de tão verdadeira, se consolidou.
Cotidianamente damos demonstrações de que o “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” é espécie de pacto nacional.
Com a pandemia e as restrições sanitárias impostas pelo risco de contágio do novo coronavírus, não foi diferente. Decretou-se fechamento de comércio, escolas, suspensão da circulação dos ônibus e uma série de medidas para reduzir a proliferação da doença.
Veio a campanha eleitoral. As datas do calendário de convenções, propaganda e ida às urnas foram adiadas e protocolos sanitários igualmente estabelecidos para regrar o período.
Mas, o que se viu em João Pessoa, Campina Grande e no interior foram convenções apinhadas. Aglomerações semelhantes a grandes eventos musicais. Gente sem máscara, sem distanciamento, sem noção…
Os números de infectados na Paraíba tem crescido, desde então.
A eleição termina em 29 de novembro. E quando esta data chegar vamos ter que enfrentar novas restrições porque fomos incapazes de controlar os abusos na campanha?
Caso isso aconteça, será ainda mais difícil convencer os cidadãos a respeitar os decretos restritivos que existem para umas ocasiões e para outras, não.