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Ratinho sugere que deputada do PT seja metralhada

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O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, 65, sugeriu nesta quarta-feira (15), em seu programa de rádio, que a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), 33, seja metralhada.

Ele fez a sugestão ao discordar da proposta da parlamentar para retirar os termos “marido e mulher” das celebrações dos casamentos civis. Ratinho também fez ataques machistas à deputada.

“Natália, você não tem o que fazer?”, perguntou o apresentador, ao vivo, no programa Turma do Ratinho. “Vai lavar roupa, costurar a ‘carça’ do seu marido, a cueca dele. Isso é uma imbecilidade, querer mudar esse tipo de coisa”, disse, com o apoio dos demais participantes.

Depois, ao ser informado que a parlamentar defende os termos “filiação 1” e “filiação 2” nas certidões de nascimento das crianças, Ratinho prosseguiu: “Tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora”?

Ratinho também fez comentários sobre a aparência da deputada, após uma foto dela aparecer no monitor do estúdio onde o programa era transmitido.

“Feia do capeta”, disse. O apresentador chamou a petista de imbecil e afirmou que o país tem assuntos mais importantes para serem discutidos.

“Incitar homicídio é crime”, respondeu a deputada nas redes sociais. “Ele coloca a minha vida e minha integridade física em risco.”

Natália Bonavides afirmou que vai acionar Ratinho judicialmente. “Essas ameaças e ataques covardes não ficarão impunes. O apresentador utilizou uma concessão pública para cometer crime.”

A deputada recebeu apoio de outras políticas, como a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).

“A violência política e de gênero praticada contra a deputada é inconcebível e não pode mais existir em nosso país. Incitar a violência é crime. Não é a isso que devem prestar as concessões públicas”, disse Fátima Bezerra.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que a violência contra a mulher política no Brasil é brutal e revela o machismo e a misoginia estrutural. Ela prestou solidariedade a Natália Bonavides e chamou os ataques de sórdidos. “Estamos juntas. Não nos calarão”, escreveu nas redes sociais.

Para a vereadora Erika Hilton (PSOL), a concessão pública da emissora deveria ser revogada. “É um crime incitar o assassinato de uma pessoa”, disse.

“Esse comunicador precisa ser investigado e responsabilizado por ameaça e incitação ao ódio e ao homicídio”, defendeu a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ). “Exigimos que ele seja responsabilizado”, concordou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ).

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) prestou solidariedade à petista. “Enquanto uma de nós não estiver segura para exercer seus direitos políticos, nenhuma de nós estará”, disse.

No final de setembro, após Tabata defender em uma entrevista a necessidade de “furar a bolha da esquerda e da direita” e “chegar ao povo”, o ator José de Abreu compartilhou um tuíte de outro perfil que dizia querer socar a parlamentar.

O projeto de lei apresentado pela deputada petista propõe a alteração do Código Civil para mudar os termos da declaração feita nas cerimônias de casamento civil. O objetivo é assegurar o tratamento igual entre os casais.

Com a mudança, os termos ficariam assim: “De acordo com a vontade que acabam de declarar, eu, em nome da lei, declaro firmado o casamento”.

Segundo os argumentos da parlamentar, o Código Civil de 2002 reproduz em seu texto a declaração solene para realização de casamentos de acordo com termos previstos no Código Civil de 1916, sem adequação à pluralidade de configurações de casais e famílias dos tempos atuais.

“Após uma luta firme de movimentos LGBTs, o Supremo Tribunal Federal reconheceu o óbvio: é inaceitável que a ordem jurídica brasileira impeça que casais homoafetivos se casem”, lembra Bonavides.

Para ela, é preciso adequar a cerimônia civil, pois casais homoafetivos são submetidos a constrangimentos “que são verdadeiras violações de direitos”.

O projeto foi apresentado na Câmara dos Deputados e aguarda despacho do presidente Arthur Lira (Progressistas-AL) para seguir a tramitação.

 

Folha de S. Paulo

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