Cláudia Carvalho

Cláudia Carvalho é editora e diretora do ParlamentoPB, jornalista e radialista, mestre em Jornalismo Profissional pela UFPB
Cláudia Carvalho

Queiroga é o candidato e Nilvan responsabiliza Wellington por sufocar a “verdadeira direita”

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Deu o esperado. O médico paraibano Marcelo Queiroga se filiou ontem ao PL na sede do partido em Brasília com uma solenidade prestigiada por grandes lideranças da sigla e com as bençãos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ontem, aqui nesse espaço, eu tinha dado com praticamente certo o lançamento do cardiologista como pré-candidato à prefeitura de João Pessoa pelo PL. Ontem, isso foi sacramentado. Mas, ao mesmo tempo em que Bolsonaro elogiou Queiroga e tratou a pré-candidatura como um privilégio, emendou que ele tem uma missão difícil que é a de apaziguar o pessoal da Paraíba.

E o pessoal da Paraíba – Cabo Gilberto, Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino – está perplexo com a forma pela qual a cúpula do PL está tratando o caso de João Pessoa, onde os três queriam ser candidatos com a chancela do ex-presidente e viram Marcelo Queiroga passar por cima de todos e sentar na janelinha.

Mas, voltando a Bolsonaro, ele fez um link esquisito da candidatura de Marcelo Queiroga em João Pessoa com um projeto ideológico da direita. Bolsonaro disse que mais importante que João Pessoa é o Brasil e que o poder não pode permanecer com o PT e com os partidos aliados que vão se reunir no Foro de São Paulo num evento em julho que terá as presenças de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, Daniel Ortega, da Nicarágua e Miguel Díaz-Canel, de Cuba. Como se Queiroga fosse combater a esquerda latino americana.

Agora, do lado dos abandonados, o mais revoltado é Nilvan Ferreira. Mas, ele ingenua ou inteligentemente preferiu responsabilizar apenas o deputado federal Wellington Roberto pela escolha de Queiroga. Em sua rede social, disse que o projeto do deputado Wellington Roberto não representa a verdadeira direita conservadora de João Pessoa e que ele é um velho figurão tentando montar um jogo pra sufocar os movimentos de renovação na política do nosso estado.

“Estamos conscientes do nosso papel e as decisões sobre as eleições serão tomadas pelas lideranças que são protagonistas na capital, ouvindo as bases e democratizando as orientações”.

E Bolsonaro no cenário é o que? um elemento decorativo?

Não acredito na ingenuidade de Nilvan. O discurso que poupou Bolsonaro das bordoadas é típico de quem ainda nutre esperanças de superar o escanteio no partido. A esperança é a última que morre, mas neste caso, o protocolo de morte cerebral já foi aberto.

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