A Prefeitura de Monteiro emitiu um documento com a proibição de alimentar animais em situação de rua. A denúncia foi feita pela advogada Thaísa Lima, presidente da Comissão do Direito Animal da OAB-PB, em uma rede social, e pelo vice-presidente Francisco José Garcia de Figueiredo, atual deputado estadual (Rede). Eles garantem que serão tomadas providências para desfazer o que classificaram como crime contra os animais.
Francisco José Garcia de Figueiredo, vice-presidente da Comissão do Direito Animal da OAB-PB, ressalta que a Prefeitura de Monteiro proibiu, por escrito, que os animais sejam alimentados e compartilhou um documento emitido pela Vigilância Sanitária notificando uma moradora para que deixasse de oferecer alimento aos cães que estavam na rua.
“Tem um documento por escrito assinado pela secretária de Saúde de Monteiro, proibindo os animais, que já estão em uma situação de extrema vulnerabilidade, porque eles estão nas ruas, sem comida e sem alimento. E aquelas pessoas que se compadecem e querem alimentar, simplesmente estão proibidas, sem dar nenhuma alternativa nem para os animais, nem para as próprias pessoas que alimentam”, afirma Francisco Garcia. Ele prometeu apresentar denúncia à delegacia de Monteiro e também ao Ministério Público.
“Distorção”
A Prefeitura de Monteiro informou que a informação divulgada sobre a proibição de alimentar animais de rua foi distorcida. Segundo a gestão, o departamento de Vigilância em Saúde esteve no bairro Alto da Serra constatando que em uma determinada residência o casal alimentava vários cães em sua calçada, o que gerou o aumento do número de animais, desta forma prejudicando os vizinhos devido ao mal cheiro e infestações como pulgas e carrapatos.
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“Tais animais ficam no entorno do local acuando e mordendo os moradores ao saírem de suas residências, sendo registrado um acidente que resultou em um Tratamento Fora de Domicílio, em que o acidentado teve que ir até Campina Grande para tomar soro antirrábico, causando grande constrangimento com a população”, diz a nota emitida pela prefeitura de Monteiro.
A Vigilância Sanitária teria, por fim, orientado o casal a não colocar comida na calçada e sim em um terreno baldio, próximo à residência, para evitar maiores problemas.
“Na oportunidade a equipe da Vigilância em Saúde deixou tal recomendação por escrito para os denunciados. Em momento algum foi citado, seja pelo funcionalismo ou departamento, que o município proíbe alimentar cães de rua. Desta feita, comprova-se que além de distorcer o ocorrido, os denunciantes do vídeo, quiseram apenas gerar o sensacionalismo através da desinformação e não apuração das circunstâncias”, conclui a nota da prefeitura.