Um policial civil suspeito de praticar extorsão contra comerciantes do Centro de Campina Grande foi baleado ontem à noite. O nome dele não foi revelado, mas sabe-se que ele tem 41 anos e é lotado na cidade de Esperança. A ação de repressão à conduta dele foi da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) que havia recebido uma denúncia anônima. Uma viatura abordou o policial, que resistiu à voz de prisão. Naquele momento, os agentes da Draco evitaram o confronto porque havia populares por perto.
O policial suspeito de extorsão deixou o local e foi até a casa de um primo no bairro de Nova Brasília onde foi novamente abordado pelos agentes da Draco. Ele mais uma vez reagiu à prisão e houve troca de tiros.
O delegado Paulo Ênio informou que nas duas situações, no Centro e em Nova Brasília, o suspeito sacou a arma para ameaçar os policiais civis. “Soubemos que ela estava na casa de um primo e a equipe foi lá tentar prendê-lo em flagrante, mas ele reagiu e foi alvejado no braço”.
O delegado acrescentou que há suspeitas de que o policial que tentava extorquir os comerciantes do Centro de Campina Grande não agia sozinho e os eventuais comparsas serão investigados.
Cápsulas de bala ficaram no chão e há marcas de tiros no portão da casa em que o suspeito estava quando foi abordado pelos homens da Draco.
O suspeito foi socorrido por uma ambulância do Samu e levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Ele vai responder por extorsão, tentativa de homicídio e associação criminosa.
Internado sob custódia, o policial baleado foi atingido no braço, antebraço, mão, perna, pé e abdômen, segundo o médico Gilberto Cavalcanti, do Hospital de Trauma. “Ele teve vários ferimentos penetrantes por arma de fogo. Houve exposição de ossos da mão e tendão. Ele deu muita sorte porque os ferimentos foram transfixantes de perna e braço, mas não pegaram vasos importantes nem nervos. Provavelmente ele não terá sequelas”.