A prisão de Almir Rogério Gomes da Silva, de 40 anos, chefe de milícia suspeita de mandar matar Marielle Franco, ocorreu após intensa investigação realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, que começou após ter recebido informações de que milicianos do Rio de Janeiro estariam na cidade de Queimadas.
O delegado Diego Beltrão, da Draco, detalhou hoje todo o processo que culminou na prisão de Almir Rogério. Segundo ele, se trata de uma pessoa bastante perigosa, sendo um dos criminosos mais procurados do RJ, suspeito da prática de diversos homicídios.
A prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), no município de Queimadas. Ele estava na companhia de outro homem, Edmilson Gomes Menezes, apelidado de Macaquinho da Praça Seca, que também foi preso.
Além da prisão, dentro da residência, segundo o delegado, foram apreendidas drogas, munições e carregadores.
Eles foram encaminhados para a carceragem da PC de Campina Grande.
A prisão de Almir Rogério Gomes da Silva, de 40 anos, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como sendo um dos chefes de uma milícia daquele estado, foi feita ontem (28) pela Polícia Civil da Paraíba na cidade de Queimadas,
A organização criminosa foi citada em uma reportagem da revista Veja, em 17 de julho deste ano, pela viúva do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega (morto na Bahia e investigado por chefiar milícias no Rio), ao falar sobre quem teria matado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
O nome do alvo principal está no site www.disquedenuncia.org.br, do Rio de Janeiro. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público do RJ, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018.
“Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, disse o delegado.