Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

PL de Bolsonaro trai Moro e aciona Justiça para cassar mandato de senador eleito

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pediu à Justiça Eleitoral do Paraná a cassação do mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR), a realização de novas eleições para o cargo e que Paulo Martins (PL), segundo lugar nas urnas, assuma o posto interinamente. O processo corre sob sigilo no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

O partido ainda solicita a quebra de sigilo das contas de Moro, de seu suplente, Luis Felipe Cunha, e de empresas (e sócios) que atuaram na campanha, além de pedir que sejam feitas buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-ministro.

O movimento ocorre pouco depois de o ex-juiz da Lava Jato ter apoiado publicamente o mandatário no segundo turno das eleições deste ano.

O PL tem esperança de conseguir retirar Moro do cargo, o que levaria à realização de uma nova eleição. A avaliação é que o deputado federal Paulo Martins seria favorito para vencer o novo pleito.

Na disputa deste ano, Moro obteve 33,82% contra 29,12% de Martins. A ação foi apresentada pelo PL do Paraná, mas teve o aval do presidente nacional, Valdemar Costa Neto.

A legenda contesta supostas irregularidades nos gastos de campanha de Moro.

A peça é assinada pelos advogados Guilherme Ruiz Neto, Bruno Cristaldi, Marcelo Delmato Bouchabki e Nathália Ortega da Silva. Eles citam que Moro iniciou sua campanha quando ainda era filiado ao Podemos e pretendia concorrer à Presidência. No limite do prazo, o ex-juiz foi para a União Brasil e se lançou ao Senado.

O problema, argumentam, é que a prestação de contas dele não considerou o período anterior à troca de partido, o que faria o valor total investido ultrapassar o teto de gastos para candidatos a senador, de R$ 4,4 milhões (cerca de 20 vezes menor que o de quem almeja o Planalto).

Como base para afirmar que a campanha começa ainda no Podemos, eles citam que o partido fez contratos, por exemplo, de publicidade, que foram encerrados assim que Moro deixou a sigla, ou então de prestadores de serviço que foram à União Brasil junto com ele. E questiona a contratação de empresas ligadas ao primeiro suplente da chapa, o advogado Luis Felipe Cunha.

Moro contesta

Moro criticou a ação do PL. “Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, afirmou o senador eleito, por meio de suas redes sociais.

Moro e Bolsonaro se reuniram nesta quarta-feira (7) no Palácio da Alvorada, mas o teor da conversa não foi divulgado.

O ex-juiz, que deixou o Ministério da Justiça após brigar com Bolsonaro e acusá-lo de tentar violar a autonomia da Polícia Federal, voltou a se aproximar do chefe do Executivo nas eleições deste ano.

Após flertar com Bolsonaro no primeiro turno, declarou voto nele no segundo. Ao final, porém, elegeu-se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado por Moro no âmbito da Lava Jato —mais tarde, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a condenação.

A retomada da aproximação com Bolsonaro foi uma tentativa de contornar o isolamento político vivido por Moro desde que pediu demissão do governo Bolsonaro.

Procurado pela campanha bolsonarista, Moro declarou voto no presidente e foi a debates ao lado do então candidato à reeleição em uma estratégia que visava provocar e desestabilizar Lula.

Aliados de Moro classificaram a ação como tentativa de criar um “terceiro turno” na eleição para o Senado no Paraná.

No fim de novembro, a área técnica do TRE se manifestou pela rejeição da prestação de contas de Moro.

Por meio de nota na ocasião, a defesa de Sergio Moro disse que o parecer da área técnica “é opinativo e reflete um rigor do órgão técnico incompatível com a posição da jurisprudência”.

No início do mês passado, os técnicos haviam afirmado que o senador eleito precisaria reapresentar sua prestação de contas de campanha devido a documentação faltante e a inconsistências nos dados.

O relatório apontou que a campanha deixou de anexar na prestação final de candidatura registros da movimentação financeira e comprovantes dos gastos feitos. A campanha de Moro arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte por meio de financiamento público.

 

Folha Online

 

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

Anteriores

Wallber Virgolino 1

Após ofensa, Wallber Virgolino pede desculpas a Cláudia Carvalho

O presidente da República, Jair Bolsonaro,participa de cerimônia de posse dos desembargadores Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues, como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Bolsonaro recebe alta após ser internado com mal estar em Manaus

Árvore cai no Parque da Lagoa, em João Pessoa, e interdita avenida

Árvore cai no Parque da Lagoa, em João Pessoa, e interdita avenida

supermercado FOTO Pixabay

Sine-PB oferta 613 vagas de emprego a partir desta segunda-feira

acidente pianco br-361

Acidente com dois carros, moto e animal solto na BR-361 deixa cinco feridos na Paraíba

cachorros envenenados sousa sertao pb

Família suspeita que cachorros foram envenenados em Sousa e acionam polícia

madonna cantora FOTO tv globo

Madonna no Brasil: cantora leva 1,6 milhão de pessoas a Copacabana, diz Riotur

joao azevedo celebra inter religiosa FOTO Secom PB

PB e demais membros do Consórcio Nordeste enviam suporte do Rio Grande do Sul

chuvas rio grande do sul FOTO prefeitura canoas rs

Mortes por chuvas no RS chegam a 66 e ultrapassam tragédia de 2023

mega sena FOTO rafael neddermeyer agencia brasil

Mega-Sena: quase 100 apostas da Paraíba são premiadas